As casas estão caindo…
Pois é! Parece que as coisas estão meio complicadas para alguns políticos de Rio Claro. Primeiro, foi um certo vereador condenado em primeira instância pela prática do chamado “RACHID”, muito comum nos parlamentos brasileiros.
Também há o caso de ex-assessor parlamentar acusado na área criminal por estelionato e na área cível por improbidade administrativa por obter vantagens ilícitas. O Ministério Público, através do Promotor André Vitor de Freitas, alega na ação, que “Vislumbrando nisso uma oportunidade de obter ganhos pessoais, o recorrido promoveu a candidatura de Sérgio Calixto a vereador.
Talvez desiludido com esta democracia sem povo, com esta república privatista, a população de Rio Claro o escolheu para lhe representar na Câmara de Vereadores. Com votos de protesto, em manifestação (a)política, Sérgio Calixto foi eleito vereador do município de Rio Claro”.
Vamos aguardar o desenrolar dessa ação. Mas parece que estamos vivendo tempos de febre de justiça, com o advento da Lava Jato. Vamos esperar e torcer para que tudo seja colocado em pratos limpos e que os culpados, se houver, sejam punidos no rigor da lei.
E que os nossos políticos se sintam, no mínimo, mais acuados e deixem de nos roubar, como vem acontecendo desde Pedro Alvares Cabral.
E que sirva também para que o povo tenha um mínimo de discernimento na hora do voto e não vote por impulso. Amém…
Ocupação melhor do tempo…
Temos batido bastante nessa coluna sobre uma melhor ocupação do tempo, pelos vereadores de Rio Claro. Ao nosso ver e de boa parte da população, eles gastam muito tempo com coisas sem necessidade, como tapa buracos, pintura de solo, corte de matos e acabam deixando para trás problemas públicos muito mais graves.
Vejamos o caso de perda de tempo de um vereador que se preocupou em elaborar um Projeto de Lei (PL) sobre o direito a acompanhante durante o tempo de sua permanência em atendimento ou internação nas Unidades de Pronto Atendimento do município de Rio Claro.
Não cabe aqui discutir a boa intenção do NOBRE, mas em sua justificativa está lá escrito que “O direito a acompanhante nos atendimentos e internações no SUS JÁ FOI GARANTIDO PELA PORTARIA DO MINISTÉRIO DE SAÚDE N° 1.820, de 13 de agosto de 2009, e pela resolução do Conselho Nacional de Saúde Nº 0553, de 09 de agosto de 2017, contudo, ainda há diversos relatos de acompanhantes que foram impedidos de entrar junto dos usuários em atendimento, exames e internações”.
Então, se já foram garantidos os direitos através de portaria em âmbito federal, por que gastar o PRECIOSO TEMPO de um vereador em um PL? Não seria só o caso de fazer valer o que já está escrito?…
Continuando a reflexão…
• Muitas vezes é a falta de caráter que decide uma partida. Não se faz literatura, política e futebol com bons sentimentos. (Nelson Rodrigues)
• A política tem a sua fonte na perversidade e não na grandeza do espírito humano. (Voltaire)
• Nada é tão admirável em política quanto uma memória curta. (John Galbraith)