Como foi mostrado na edição de ontem (26) do Diário do Rio Claro, quase 16 mil rio-clarenses estão negativados no Serasa, de acordo com levantamento da ACIRC.Já, a Serasa Experian, em levantamento feito, indica que o Brasil tinha quase 62 milhões de inadimplentes em junho deste ano.
Os números indicados pelo Serasa mostram que, em média, de cada 10 brasileiros, quatro estão endividados. Desde o início da pesquisa em 2016, esse é o maior nível de endividamento registrado.
Nesse texto resolvemos indicar alguns tipo de dívidas que podem levá-lo a um endividamento.
Cartão de Crédito
Quando usado com consciência e planejamento, o cartão de crédito torna-se uma ótima ferramenta financeira. Porém, quando se opta por pagar apenas o valor mínimo da fatura, o consumidor entra no crédito rotativo do cartão. Ou seja, uma espécie de crédito automático é liberado e o consumidor só precisará pagar o débito residual (com juros) na próxima fatura.
A questão é que os juros relativos ao crédito rotativo são alguns dos mais altos do mercado (em janeiro deste ano chegaram a 15% ao mês, aproximadamente). E se não houver realmente um bom planejamento para quitação, a dívida pode ir se acumulando aos juros e virar uma bola de neve.
Aliás, as dívidas com o crédito rotativo foram as mais comuns no Brasil em 2016, comprometendo cerca de 19% da população. A situação, inclusive, fez o Banco Central divulgar uma nova determinação que passou a valer no último dia 3 de abril.
A partir de agora, quem optar por pagar o valor mínimo da fatura do cartão não poderá repetir essa opção no mês seguinte. A ideia é restringir o uso do rotativo e motivar os bancos a oferecerem soluções de parcelamento com juros mais baixos.
Cheque especial
O cheque especial é uma espécie de crédito pré-aprovado de liberação automática. Não é preciso fazer a solicitação do empréstimo. Quando acaba o saldo da conta corrente, continua sendo possível usar o cartão de débito até determinado limite? Esse é o cheque especial.
Sem dúvidas, trata-se de uma comodidade poder gastar mais dinheiro do que realmente se tem na conta sem nem, ao menos, precisar fazer um pedido formal de empréstimo. Mas essa facilidade do cheque especial tem um preço. Afinal, em janeiro deste ano, os juros referentes ao cheque especial estavam em aproximadamente 13% ao mês, porcentagem considerada elevada.
Financiamentos
Outra dívida comum dos brasileiros é com parcelas de financiamentos, principalmente financiamentos imobiliários e financiamentos de automóveis. Em ambos os casos, como a garantia do crédito é o próprio bem, as taxas de juros costumam ser mais baixas (até 3% ao mês, em média). Mas é preciso ter alguns cuidados:
Um financiamento imobiliário tem um longo prazo (em geral, até 30 anos). Portanto, é bom ficar bem atento ao valor das parcelas. Por mais que já exista uma limitação que não permite comprometer mais do que 30% da sua renda comprovada, ainda assim, é necessário verificar se você pode mesmo comprometer esses 30% em um financiamento.
E isso serve para qualquer outro tipo de financiamento. É bom se perguntar: ‘Posso mesmo comprometer esse valor de parcelas?’.
Empréstimos
Apesar de ser uma das modalidades que, na mentalidade popular, está mais associada a dívidas, os compromissos com empréstimos têm sido menos recorrentes que outros créditos automáticos (como o rotativo e o cheque especial). Aliás, as taxas de juros também são, em geral, menores. O crédito consignado, por exemplo, tem uma das menores taxas de juros do mercado (entre 1% e 1,5% ao mês).
Dados: Seu dinheiro Vale Mais