Operação Impacto-Centro: PM destrói mais de 170 máquinas caça-níquel e detém 60 pessoas
Mais de 170 máquinas caça-níquel foram destruídas nesta quinta-feira (13) durante Operação Impacto, da Polícia Militar e Ministério Público de São Paulo, contra jogos de azar no comércio, na região central da capital. A ação conjunta é baseada em estudo georreferencial de delitos como roubo e tráfico de drogas e mira dar “duro golpe” no esquema ilegal, indicado como motor da exploração econômica da drogadição. Os alvos das investigações estavam situados no entorno da área das cenas abertas de uso. As diligências provocaram a detenção de mais de 60 pessoas na prática de diversas infrações penais. Entre elas, as contravenções penais de jogo do bicho e jogo de azar. Ao todo, foram destruídas mais de 170 máquinas caça-níquel, além da apreensão de 29 bancas de jogo do bicho. Os agentes também recolheram sete celulares, diversos maços de cigarro de origem ilegal e R$ 21 mil em espécie. Participaram da ação 95 equipes táticas, com o efetivo de 380 policiais militares. A partir de informações produzidas pelo Centro de Inteligência da Polícia Militar, o Juizado Especial Criminal competente expediu mandados de busca e apreensão que tiveram como alvo 85 endereços. Dentre eles, estavam estabelecidos bares, pastelarias, salões de cabeleireiros e lanchonetes identificados por abrigar as práticas criminosas, no centro de São Paulo. Foram realizados estudos da distribuição espacial dos delitos de roubo, furto, tráfico e porte de drogas, assim como da recaptura de procurados. Eles indicaram que o entorno dos estabelecimentos alvos das diligências, exercem influência na criminalidade local, o que implica na formação de uma espécie de ecossistema criminoso. Estas ações fazem parte de um conjunto de esforços aplicados pelas forças de segurança e pelo Sistema de Justiça Criminal do Estado, para controle e prevenção da criminalidade e da desordem que incidem no centro da capital.
Entenda como hotéis no centro de SP eram usados para lavar dinheiro do crime organizado
A Polícia Civil de São Paulo deflagrou nesta quinta-feira (13) uma operação contra um esquema de lavagem de dinheiro do crime organizado que utilizava uma rede de hotéis e pensões no centro da capital. A terceira fase da Operação Downtown prendeu, até o início da tarde desta quinta, 14 pessoas e apreendeu mais de R$ 27 mil em espécie. Ao todo, foram 140 mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça. As investigações do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) começaram há um ano. Os policiais encontraram 28 hospedagens que eram usadas para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas Os estabelecimentos funcionavam como centros de armazenamento e distribuição de drogas. Além disso, os hotéis compunham uma rede para dar aparência de licitude às atividades da facção criminosa, como explica o secretário da segurança pública de São Paulo, Guilherme Derrite. “Foi um trabalho robusto de inteligência policial por parte do Denarc. (Os investigadores) concluíram que o crime organizado faz a lavagem do dinheiro proveniente do tráfico de drogas utilizando de muitas pensões e hotéis clandestinos da região central. Desses hotéis, saíam pagamentos e transações financeiras para outras empresas que, depois, chegavam a empresas que pertenciam a criminosos”, afirma o secretário. A investigação da polícia paulista levantou o fluxo de capital advindo da prática criminosa e fez uma espécie de raio-x de como o dinheiro chegava em empresas controladas pelo crime organizado a partir de pagamentos fictícios da rede hoteleira . A Justiça ainda autorizou o bloqueio de 26 contas de pessoas jurídicas e físicas envolvidas no esquema. A primeira fase da Operação Downtown, ocorrida em junho do ano passado, já havia cumprido 27 mandados de busca e apreensão e teve 33 pessoas detidas. Já a segunda fase terminou com cinco presos e R$ 43 mil apreendidos.
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