Polícia de SP rastreia golpistas em operação contra crimes cibernéticos
A Polícia Civil, por meio do Deinter-5, em São José do Rio Preto, deflagrou nesta quinta-feira (30) uma megaoperação contra crimes cibernéticos. A Operação Cyberconnect cumpre 167 mandados de busca e apreensão e um de prisão em várias cidades do estado de São Paulo, na capital e também em Curitiba (PR), Palmas (TO) e Cuiabá (MT). Participam da ação 660 policiais civis do Deinter de Campinas, Ribeirão Preto, Bauru, Santos e Piracicaba. Foram instaurados 50 inquéritos policiais para investigar a ação de grupos que praticam crimes cibernéticos. A investigação identificou pelo menos 3 mil vítimas dos golpistas virtuais somente na região de São José do Rio Preto, que tiveram um prejuízo estimado em R$ 30 milhões. Dez sites são investigados. “Esta megaoperação é um marco no combate a esta modalidade criminosa que tem feito cada vez mais vítimas, que é o estelionato virtual. Até então, as investigações contra este crime eram feitas de forma difusa, o que dificultava a repressão. Com essa operação conjunta, a inteligência da polícia vai poder identificar as quadrilhas que agem no ambiente cibernético e causam prejuízo a milhares de pessoas. E é um prejuízo não só financeiro, mas também psicológico, porque a pessoa que cai nestes golpes virtuais, principalmente idosos, sofrem demais, já que muitas vezes perdem tudo o que têm”, afirma o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.
PM localiza “casa bomba” e apreende mais de 15 mil porções de drogas na Zona Sul de SP
Policiais militares localizaram esta semana uma “casa bomba” no Capão Redondo, na zona sul da capital paulista, usada por criminosos para guardar drogas. Ao todo, mais de 15 mil porções de entorpecentes foram apreendidos, entre cocaína, maconha, crack e lança perfume. Os PMs do 37° Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) faziam ronda na região quando notaram que um homem próximo a uma casa correu ao ver a viatura. Ele deixou a porta do imóvel aberta. No local, os policiais sentiram um forte cheiro de drogas e avistaram algumas porções jogadas no chão. Dentro da casa foi aprendida grande quantidade de entorpecentes. Ao todo, foram apreendidos 8,4 mil pinos de cocaína, 2,7 mil porções de maconha, 476 de skunk e 3,6 mil pedras de crack, além de 153 frascos de lança-perfume e 2 galões da mesma substância. As drogas foram levadas ao 47° DP (Capão Redondo), que as encaminhou para perícia. A investigação continua para identificar e localizar os envolvidos.
STF valida prova criminal obtida com a abertura de pacote dos Correios
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (30) validar provas criminais obtidas por meio da abertura de encomendas enviadas pelos Correios. Na mesma decisão, os ministros também validaram provas obtidas com a abertura de cartas interceptadas nos presídios. Pela decisão da Corte, não é necessária autorização judicial prévia para validação das provas em uma investigação criminal, desde que haja indícios da prática de atividades ilícitas. O Supremo julgou um recurso da PGR para esclarecer a tese jurídica aprovada pelos ministros em 2020 para considerar ilegal provas obtidas, sem autorização judicial prévia, a partir da abertura de cartas, telegramas ou pacotes. A mudança de entendimento ocorreu a partir das ponderações feitas pelo ministro Alexandre de Moraes. Para o ministro, em regra geral, a violação de correspondências sem decisão judicial não pode ser aceita como prova. No entanto, no caso de indícios de crimes, pacotes enviados pelos Correios e cartas apreendidas nas penitenciárias podem ser usados em investigações. Durante o julgamento, o ministro citou dados da Polícia Federal (PF) e do Ministério da Justiça que mostram o uso das encomendas enviadas pelos Correios para tráfico de drogas e armas, inclusive vindas do exterior. “Nós já temos serviço de delivery de drogas. Da mesma forma que há o IFood, você instala um aplicativo, pede e entrega. Em outra cidade, isso ocorre via encomenda pelos Correios”, afirmou. O caso concreto julgado pelo STF envolve um policial militar do Paraná que foi condenado a partir de entorpecentes encontrados por meio de correspondência. Não houve decisão judicial prévia para validação da prova. As informações são da Agência Brasil.