Polícia de SP prende trio que trocava etiquetas de malas para enviar drogas ao exterior
Policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) prenderam nos últimos dias três homens envolvidos em um esquema de troca de bagagem para enviar cocaína ao exterior. A prisão aconteceu no Aeroporto Internacional de Guarulhos, de onde as malas eram despachadas. Foram apreendidos 40 quilos da droga. Os policiais conseguiram flagrar o grupo depois de receberem informações sobre uma remessa de droga que chegaria no aeroporto. Para conseguir enviar as drogas ao exterior, os criminosos trocavam a etiqueta de bagagens de passageiros após elas serem despachadas no check-in. Em março deste ano, duas brasileiras ficaram mais de 40 dias presas injustamente na Alemanha após terem a etiqueta colocada em uma mala cheia de cocaína. As prisões foram feitas por policiais da 2ª Delegacia DIG (Investigações sobre Estelionato e Contra Fé Pública), que desenvolve um trabalho para identificar e interceptar as tentativas de utilização do esquema no Aeroporto de Guarulhos.
Guarda Municipal de Campinas prende suspeito que tenta incriminar irmão
Uma ocorrência atendida pela Guarda Municipal de Campinas está intrigando as autoridades pelas características inusitadas. Um rapaz foi preso ao dar o nome do irmão que procurado pela Justiça, foi liberado após a perícia confirmar sua identidade, mas a suspeita é de que ele seria, autor de crimes investigados. A história se iniciou quando o homem tentou fugir de uma abordagem de rotina e foi capturado perto da rodoviária de Campinas. Morador em situação de rua, segundo a Guarda ele se apresentou com o nome de um homem procurado por dezenas de roubos e furtos em São Paulo. Segundo o Boletim de Ocorrência, ao receber voz de prisão o suspeito, então, disse que havia dado o nome do irmão, e que a identidade dele seria outra. As contradições levaram a polícia a colher as digitais dele para tirar as dúvidas. O Instituto de Criminalística confirmou a identidade que o rapaz tinha dado na segunda vez. Entretanto, depois os dados mostraram que esse homem vivia em São Paulo na época de crimes praticados supostamente pelo irmão foragido enquanto esse irmão, na época dos crimes, viveria em localidade distante de São Paulo. O entendimento no momento é de que esse homem teria se passado pelo irmão repetidas vezes enquanto praticava crimes.
Entidades reagem a vetos em lei orgânica de polícias civis
Os vetos na Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada nos últimos dias no Diário Oficial da União, provocaram a reação de diversas entidades de classe. O texto deixou de fora tópicos como indenizações e aposentadoria integral. Em nota conjunta, a Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol), a Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol) e a Federação Nacional dos Peritos Oficiais em Identificação (Fenappi) citam “traição” por parte do governo federal. O comunicado destaca que, apesar de meses de “diálogo contínuo e respeitoso”, prevaleceu “uma posição política antagônica a tudo que fora acordado e uma literal traição às entidades de classe, aos congressistas, à categoria de policiais civis do Brasil e à toda sociedade brasileira”. “Causa ainda mais perplexidade a desfaçatez de vetos de dispositivos já consagrados em leis estaduais e da própria Constituição Federal que asseguram direitos aos policiais civis, como regras de previdência, licença classista remunerada, direito a indenizações inerentes à atividade policial civil como insalubridade e periculosidade”, acrescenta a nota. “Até direitos básicos aos policiais civis aposentados serão vetados, deixando-os marginalizados e com insegurança jurídica e funcional, como se não tivessem mínima dignidade existencial mesmo diante de décadas de serviço de risco prestado à sociedade”, completa o texto Também em nota, o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) citou esforço coletivo no intuito de assegurar uma redação “mais aprimorada possível”, com o objetivo de modernizar as corporações e atualizar as atribuições das carreiras, atendendo e respeitando especificidades de cada região. “A expectativa era que, com a mudança de governo, a Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis finalmente avançasse, representando um progresso significativo para a categoria. No entanto, os 31 vetos foram disparados contra os milhares de policiais civis que, diariamente, se sacrificam para proteger vidas dos cidadãos brasileiros. Isso é profundamente injusto.” O Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Maranhão (Sinpol-MA) disse repudiar veementemente a sanção da lei e afirmou que os vetos não causam “estranheza alguma”. “Conforme se percebe da fundamentação que subsidiou os vetos, a maioria foi calcada no interesse público. Indaga-se: A segurança pública e o fortalecimento da instituição que combate a criminalidade não são de interesse público?”