Polícia faz operação para combater esquema de receptação de celulares no centro de SP
Policiais do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) deflagraram na manhã desta terça-feira (21) a Operação Off Line 2, para combater um esquema de receptação de celulares roubados operado por estrangeiros. Na ação, dois homens já foram presos e quase 1 mil aparelhos foram apreendidos, entre celulares, tablets e notebooks. A operação tem como objetivo atingir a estrutura do grupo criminoso, que geralmente envia parte dos aparelhos furtados e roubados para o continente Africano, especialmente para Senegal, e mantém a outra metade no mercado interno. A quadrilha escolhe países da África pelo fato do bloqueio das operadoras nacionais não atingir as operadoras de lá, possibilitando o uso dos aparelhos As equipes cumpriram 15 mandados de busca e apreensão em endereços no centro de São Paulo. Segundo as investigações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, os aparelhos podem ter sido subtraídos durante grandes eventos que ocorreram nos dois últimos finais de semana e feriados em São Paulo e Rio de Janeiro. A operação foi coordenada pela 1ª Delegacia DIG (Antipirataria). Os 50 policiais que participam da operação cumpriram mandados na rua dos Guaianazes, no Largo do Arouche, e na avenida da Liberdade.
Polícia Militar apreende mais um suspeito de matar sargento aposentado em São Vicente
Policiais militares prenderam esta semana mais um suspeito de participar da morte de um sargento aposentado em São Vicente, ocorrida no dia de setembro deste ano. A prisão aconteceu na esquina da Rua Jacob Emerick, com a rua Tibiriça, também em São Vicente. Os policiais patrulhavam a região quando perceberam que o homem ficou nervoso e tentou fugir ao ver os PMs. Durante a abordagem, foi verificado um mandado de prisão em aberto contra o suspeito, que foi levado para a delegacia. Um homem, também apontado nas investigações por ter envolvimento na morte do PM, já havia sido preso em setembro, 17 dias depois do crime. Já um segundo suspeito de participação morreu baleado após atirar contra policiais em outubro. O assassinato do policial foi registrado por câmeras do sistema de monitoramento de residências próximas. Nas imagens, é possível ver a vítima varrendo a calçada quando foi abordada por quatro homens em duas motos. Um deles desembarcou já atirando contra o policial aposentado. O homem foi socorrido pelo Samu ao hospital, mas não resistiu. Após o crime, a Polícia Civil iniciou as investigações e conseguiu identificar os autores. O caso foi registrado como captura de procurado na Delegacia de Polícia de São Vicente.
Enfermeiro da PM fala sobre missão de transportar órgãos: “Não é uma caixa, é uma vida”
“Um senhor se aproximou e perguntou se podia falar comigo. Apontando para a caixa, disse: ‘É meu filho’. Naquele momento, fiquei sem palavras. Sou pai e me coloquei no lugar dele. Ele pediu para fazer uma oração pela última vez e se despedir. Comecei a pensar que não é simplesmente uma caixa que está ali, é uma vida, uma família. O relato é do subtenente Rogério, da Divisão de Medicina do Comando de Aviação da Polícia Militar (CavPM). Enfermeiro da PM, ele é um dos responsáveis por ajudar no transporte de órgãos para transplantes. Rogério conta que a cena aconteceu quando a equipe estava saindo do hospital para transportar um coração de Sorocaba até São Paulo. “Este foi o momento mais marcante da minha carreira”, conta ele, que está há 27 anos na Polícia Militar e 14 no CavPM. É por meio da Divisão de Medicina que a ocorrência de transporte de órgãos chega ao conhecimento do CavPM. A solicitação entra no Sistema Estadual de Transplante, da Secretaria de Estado da Saúde, e passa pela triagem da PM para coleta de informações pertinentes. O procedimento é feito para planejar de forma eficaz a logística do transporte e garantir que o órgão chegue em condições adequadas para que seja transplantado. “Tudo começa com a dependência do órgão transportado. Cada órgão tem um tempo de isquemia diferente, e isso impacta a brevidade da nossa operação e do nosso planejamento. Então, via de regra, a demanda chega e já sabemos o órgão específico e quanto tempo teremos de atuação. Neste momento, cada um, com a sua divisão de funções aqui dentro, já vai preparando o planejamento do voo”, explica o capitão Guilherme Weisshaupt, comandante de aeronave, piloto e coordenador de equipe. Essa rapidez e eficiência no trabalho influenciam muitas vidas, como a de Cinthia, que aguardava na fila para receber um pâncreas há sete anos. Acompanhada do marido, ela estava em um evento em São José do Rio Preto, a 442 km de distância da capital paulista, quando recebeu, às 9h de domingo (3/9), a informação de que havia um órgão compatível, mas que precisaria chegar no hospital às 13h. De ônibus o trajeto levaria mais de sete horas. Por outro lado, a passagem de avião custava quase R$ 6 mil. Foi então que pediram ajuda na base aérea da PM em São José do Rio Preto, que fez o transporte e garantiu a realização do transplante.