Região central de SP tem menor índice de roubos desde março
A região de Campos Elíseos e Santa Cecília, no centro de São Paulo, registrou, entre 8 e 14 de maio, 103 roubos, o menor número desde o início do monitoramento, em 27 de março. O número de furtos também teve queda em relação à semana anterior, com 184 casos.
Os dados foram obtidos por meio da ferramenta do Governo de SP que traz um diagnóstico semanal dos índices de criminalidade nas chamadas Cenas Abertas de Uso de Entorpecentes.
A redução nestes índices, que já havia sido observada em abril, é reflexo das ações conjuntas entre o Governo do Estado e a Prefeitura para combater o cenário de degradação que assola a região há vários anos. As forças de segurança têm papel fundamental no processo de revitalização da região central, que passa por ampliação dos serviços de saúde e assistência social.
A Secretaria de Segurança Pública ampliou a parceria entre o poder público e a comunidade na região, e tem realizado diversas operações pelas polícias Militar, Civil e Técnico-Científica. Uma delas é a Operação Resgate, com o objetivo de sufocar o tráfico de drogas e crimes patrimoniais praticados nas chamadas “cenas de uso aberto”.
A PM também reforçou o policiamento na região com a Operação Impacto Centro, que intensificou o patrulhamento ostensivo com 120 policiais e 80 motocicletas. As ações da Polícia Civil também foram ampliadas, com a atuação de 50 agentes que investigam crimes na região central.
Governo avança na construção de mais de 700 moradias após tragédia em São Sebastião
Três meses após os deslizamentos causados pelas fortes chuvas no Litoral Norte, o Governo de São Paulo está intensificando ações para atender famílias desabrigadas em São Sebastião. O objetivo é entregar as principais obras antes do próximo período chuvoso e garantir a retomada econômica da região. O secretário da Gerência de Apoio do Litoral Norte, coronel André Marcelo Warol Porto Rodrigues, enfatiza a importância desse desafio.
“É importante, daqui para frente, a retomada econômica. Também o acompanhamento das pessoas afetadas. E o acompanhamento das obras, para que elas sejam concluídas no prazo estipulado e para que a gente possa entregar antes do período chuvoso. Esse é o desafio”, afirma o coronel André Marcelo Warol Porto Rodrigues.
Até o momento, foram entregues 72 moradias provisórias na Vila de Passagem e disponibilizados 300 apartamentos no Condomínio Quaresmeira, em Bertioga, para abrigar famílias afetadas. Além disso, há construções em andamento de 518 moradias no bairro Baleia Verde e de 186 apartamentos no bairro Maresias. Os investimentos do Governo SP na região chegam a R$ 800 milhões, sendo R$ 210 milhões para habitação.
“Estamos construindo as unidades habitacionais definitivas de uma forma muito rápida, moderna e segura”, diz Porto. Além das ações de moradia, o governo também intermediou o abrigo provisório das vítimas em pousadas e realizou pagamentos de hospedagens no valor de R$ 8,7 milhões.
A retomada econômica da região também vem sendo uma prioridade, com a isenção de ICMS por 6 meses para empresas locais e a oferta de R$ 283 milhões em linhas de crédito para fortalecer o turismo e o empresariado.
Nas ações de prevenção e recuperação de desastres, a Defesa Civil atua em parceria com institutos de pesquisa em serviços emergenciais, como atualização de cartas de risco e diagnósticos geotécnicos.
A infraestrutura das rodovias afetadas também tem sido recuperada. A Rio-Santos (SP-055), por exemplo, teve 84 pontos desobstruídos em apenas quatro dias. Foram retiradas toneladas de escombros e lama. A via segue em obras com investimentos de R$ 57,1 milhões.
Já a rodovia Mogi-Bertioga (SP-098), comprometida após a abertura de uma erosão causada pelo rompimento de uma galeria, teve o tráfego retomado em 15 dias, um mês e meio antes do previsto. As frentes de trabalho continuam ativas, com investimento de R$ 9,4 milhões.
Estrutura de trabalho
A Gerência de Apoio do Litoral Norte foi criada por decreto assinado pelo governador Tarcísio de Freitas no início de março, com o objetivo de coordenar as ações de reconstrução dos municípios atingidos e dar continuidade às ações de auxílio às vítimas. Entre os dias 18 e 19 de fevereiro, São Paulo registrou recorde no acumulado de chuvas em 24 horas, com 683 milímetros, que ocasionaram deslizamentos de terras, alagamentos e um rastro de destruição, principalmente em São Sebastião.
“Nós criamos aqui um Pacote Reconstrução. Nessa abordagem, as ações da Gerência sempre foram balizadas em um atendimento humanizado, em ações individualizadas, a gente tratava família a família, além do retorno seguro dessas pessoas. Esse tripé nunca foi abandonado”, afirma Porto, que em seguida conclui: “Sempre me questiono se minha decisão está fazendo com que o atendimento continue sendo humanizado, continue sendo individualizado? E se proporciona o retorno seguro das pessoas? Se eu fecho este ciclo no sim, a gente toma a decisão”.
O coordenador também enfatiza o caráter multidisciplinar das medidas e a parceria entre o governo estadual e outros órgãos, como prefeituras, Defesa Civil e Defensoria Pública. “É uma ação multidisciplinar, são vários atores trabalhando sempre em contato com a Gerência. Estamos pensando em ser exemplo para o País, para que a gente tenha exatamente esse legado. Para que essas ações multidisciplinares, essa convergência de esforços, essas ações humanitárias, estruturantes, sejam exemplos a serem seguidos futuramente”, diz.
A Defesa Civil do Estado também faz serviços emergenciais nos municípios de Bertioga, Caraguatatuba, Guarujá, São Sebastião e Ubatuba. Além disso, o IPA (Instituto de Pesquisas Ambientais) e o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) fizeram atualizações das cartas de suscetibilidade de grau de risco em moradias na Vila Sahy, Juquehy e Boiçucanga, os bairros mais afetados de São Sebastião.
O Instituto de Pesquisas Ambientais enviou ainda profissionais que, em conjunto com a Defesa Civil, vistoriaram áreas críticas e iniciaram o diagnóstico geológico-geotécnico da região. A medida permite uma abordagem mais definitiva nas soluções adotadas para encostas, sistemas de drenagem e proteção das rodovias.
“O trabalho da Defesa Civil ocorre em vertentes. Uma delas é a prevenção, o trabalho nas encostas e o trabalho com a tecnologia que vai fazer com que as pessoas que estejam próximas de áreas de risco sejam avisadas pelo celular. O sistema de alerta sonoro também está sendo muito bem trabalhado pela Defesa Civil. Isso é muito importante”, afirma o coordenador da Gerência de Apoio.
Porto também ressalta o trabalho de reurbanização promovido pelo Governo de São Paulo em São Sebastião. “A CDHU está trabalhando muito forte, junto com a Defesa Civil e com a prefeitura, para o processo de reurbanização da Vila Sahy, para que ela possa retomar suas atividades e reconstruir a sua vida com uma nova abordagem. A Sabesp entrou ali também para fornecer água. Ou seja, há realmente um trabalho em prol dessa retomada.”