Funcionário do Serviço de Água de São Carlos atropela e mata colega de trabalho
Câmeras de segurança do Saee (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de São Carlos flagraram na manhã da última quarta-feira, um funcionário da autarquia utilizando uma retroescavadeira para atropelar e matar um colega de serviço, isso na rua George Ptak, perto de uma unidade do Saee. O atropelador é Milton César Magalhães, de 44 anos e a vítima morta era Iebel Garcia Silva, de 41 anos. As imagens, que chocaram a população quando foram veiculadas por emissoras de TV da região, mostram quando Iebel chega de moto para trabalhar e Milton vai na direção dele com a retroescavadeira. Ele atinge Iebel, que perde o controle da moto e bate contra um carro. Milton passa por cima do colega com a máquina e ainda utiliza a concha da retroescavadeira para atingi-lo outras vezes enquanto ele está estendido no chão. Milton fugiu em seguida, segundo informações que a polícia tinha até ontem, utilizando a própria escavadeira, que depois foi localizada num bairro próximo. Até o fechamento desta edição ele era procurado pela polícia. As informações até o momento são de que ambos teriam tido um desentendimento no trabalho, anos atrás, em 2014, culminando na suspensão de ambos por 30 dias. Iebel era casado e tinha quatro filhos. O corpo foi transladado para a cidade de São João Batista do Glória, em Minas Gerais e sepultado.
Morre DJ Jamaika, ícone do rap brasiliense, aos 55 anos
Ícone do Rap brasiliense, o DJ Jamaika, morreu nesta quinta-feira (23), aos 55 anos. Ele lutava contra um câncer. O rapper ficou conhecido pelas músicas “Tô só observando”, “Do pó ao pó”, “Rap do piolho” e “Dois malucos num Opala 71”.A morte do artista foi confirmada em suas redes sociais. Em nota, a equipe o homenageou dizendo que ele deixou uma marca inesquecível no mundo da música e na vida de todos os que tiveram o privilégio de conhecê-lo. Jefferson da Silva Alves, o DJ Jamaika, nasceu em outubro de 1967, em Taguatinga, no Distrito Federal. Começou a carreira na cidade de Ceilândia e foi um dos pioneiros do rap no DF. Integrou grupos importantes como Câmbio Negro e Álibi. O artista lançou sete álbuns ao longo da carreira. Em 2002, mudou o estilo e entrou para o mundo da música gospel. O último trabalho foi o clipe da música “A Chuva”. Políticos, fãs e artistas prestaram homenagens, como os rappers GOG, MV Bill e o grupo Tribo da Periferia. Ana Cecília, a Aninha, do grupo Atitude Feminina falou sobre a importância do artista que é sua referência desde os 14 anos, como letrista, cantor e fonte de inspiração. “O rap dos anos 90 é totalmente diferente do [rap] de agora. Então, o Jamaika mostrou que a gente pode fazer música com banda, com orquestra, com o melhor. Ele tinha aquele jeitão marrento, mas era o Jamaika. Então, o legado dele é, para mim, como rapper, é brilhante. Tenho o prazer e a honra de dizer que eu o conheci”. Nas redes sociais, o grupo Tribo da Periferia disse que o DJ inspirou gerações e que Jamaika, criador de beats consagrados, deu início ao que hoje podemos chamar de “Rap Brasília”. “Um gigante, extraordinário artista da música e do Rap Nacional”, postou o grupo Tribo da Periferia.
O DJ Kabeça conheceu Jamaika no final dos anos 1980, nos bailes da cena underground na Ceilândia, berço do hip hop no DF. Ele comenta o legado do artista. “DJ Jamaika se foi, mas deixou um grande legado para todos nós que seguimos a linha do hip hop. Abriu as portas do rap para a rapaziada de Brasília e se expandiu para o Brasil todo. Deixou um grande legado para todos nós. Salve, salve, DJ Jamaika, onde você estiver”.
O velório do DJ Jamaika foi realizado no auditório da Administração Regional da Ceilândia, nesta sexta-feira (24). O enterro aconteceu logo em seguida, às 16h30, no Cemitério São Francisco de Assis, em Taguatinga.
Mais 15 suspeitos são presos por participação em ataques no RN
No Rio Grande do Norte, foram presos 15 suspeitos de liderarem ou participarem da organização criminosa responsável por ataques violentos. O estado chegou nesta quinta-feira (23) ao décimo dia sob ações criminosos, com incêndios e tiros a prédios públicos e veículos. As prisões ocorreram no âmbito da Operação Sentinela, deflagrada pelo Ministério Público Estadual, com apoio da Força Nacional, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Secretaria Estadual da Administração Penitenciária. Foram cumpridos oito mandados de prisão e 26 de busca e apreensão em dez municípios. Cinco pessoas não foram encontradas e passaram a ser consideradas foragidas. De acordo com o Ministério da Justiça, a maioria dos presos já tinha condenação por crime organizado, tráfico de drogas, roubo e homicídios. Alguns cumpriam pena no regime semiaberto com uso de tornozeleira eletrônica, e violaram o monitoramento durante os ataques. Os policiais apreenderam armas, drogas, celulares, dinheiro e documentos. Os presos foram levados para penitenciárias estaduais. Dois novos ataques foram confirmados nesta quinta-feira em Lagoa Nova e Natal. Na primeira, no interior do estado, um ônibus escolar e um trator foram incendiados. Os criminosos fugiram. Na capital potiguar, criminosos atearam fogo em uma estação elevatória da Companhia de Águas e Esgotos. Os ataques tiveram início no dia 14 deste mês, e já somam mais de 200 em diversas cidades. Agentes da Força Nacional foram enviados para reforçar a segurança pública no estado. O reforço deve ultrapassar mais de 800 homens. O governo federal anunciou mais de R$ 100 milhões em investimento em 2023 para ampliar penitenciárias, dobrar o número de viaturas, compra de câmeras para uso de policiais e aparelhos de raio-x no estado.
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