O desenvolvimento das pessoas com síndrome de Down foi discutido no programa Diário MA TV nesta sexta-feira (6). Maria Angela Tavares de Lima entrevistou Débora Silva e Daniele Dalonso Penteado, integrantes do projeto Conexão T21 RC, um coletivo de pais que tem como objetivo trabalhar em prol do desenvolvimento pleno e da integração das pessoas com T21 (trissomia do cromossomo 21/síndrome de Down).
Ambas são mães de crianças com Down: Arthur, filho de Débora e Miguel, de Daniele. Elas se uniram a outras mães para trocar experiências e trabalhar em conjunto pela conscientização sobe o tema. “Muito se fala em inclusão, mas ainda existe muito preconceito. Nosso grupo é uma união de mães e famílias que sentiram a necessidade de conscientizar e desmistificar a T21”, comenta Débora.
De acordo com ela, o diagnóstico de Down ainda é visto como uma sentença, mas isso não define a pessoa e determina até onde ela pode chegar. “São pessoas, são seres humanos e, como todos os demais, têm direitos. Tem necessidades específicas sim, mas cada um é um ser com sentimentos, emoções e particularidades”, observa Débora ressaltando que uma das ações do projeto Conexão T21 é dar visibilidade ao assunto para que a sociedade possa conhecer e compreender.
Para atingir esse objetivo, o projeto realiza palestras e rodas de conversa com especialistas, com apoio da Assessoria Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência. A meta do grupo é montar uma associação que possa acolher as pessoas com T21.
“O Conexão T21 surgiu da inquietação de mães que acreditam no potencial das pessoas com síndrome de Down. Temos o sonho de montar uma associação com atividades integradas para atender essas pessoas. A integração é muito importante, não somente das mães, mas também dos filhos que têm contatos com pessoas como eles”, avalia Daniele. O projeto tem um grupo no WhatsApp para troca de informações e integrar as famílias.
Daniele informa que o projeto tem um modelo de associação que o grupo gostaria de implantar. É uma entidade de Campinas que oferece acolhimento às famílias e aos filhos desde bebês. Essas crianças fazem diversas terapias ao longo da infância e da adolescência, até serem preparados para o ingresso no mercado de trabalho na vida adulta.
“É algo a longo prazo, mas estamos semeando. As terapias são importantes para o desenvolvimento da autonomia e que eles consigam ter uma vida plena. Também é importante ter continuidade”, frisa Daniele. “Esse acolhimento é fundamental. O Arthur começou a fazer terapia com um mês, mas tem famílias que não têm condições e nossa luta é para que todos possam ter acesso”, acrescenta Débora.
Mães e pessoas que queiram conhecer e apoiar o projeto Conexão T21 podem entrar em contato pelo Instagram: @conexaot21rc. Já a entrevista de Débora e Daniele ao programa Diário MA TV, na íntegra, pode ser assistida pelo link https://www.youtube.com/watch?v=N9GAOZQbPsk.
Por Ednéia Silva / Foto: Diário do Rio Claro