João Rodrigo Contim, músico, teve sua vida e carreira norteadas por Beatles, Bob Marley e Ramones, suas principais influências.
Nascido em Piracicaba, mas radicado em Rio Claro, tem 41 anos, sendo 27 dedicados à música. A partir de agora, você, leitor do Centenário, passa a conhecer um pouco mais deste talentoso artista, cuja voz ecoa há quase três décadas.
Contim relata que, desde sempre, nutriu interesse pela música. “Em casa, meus pais sempre respiraram música e isso me trouxe uma vivência musical muito intensa. Sempre alguma canção ecoava pelos cantos da casa, seja pelo meu pai e seu violão, ou minha mãe e seu rádio, sempre ligado. Meu avô paterno, Antonio Contin, tocava bandolim e fazia serestas na cidade de Brotas”, recorda-se.
O INÍCIO DE TUDO
João conta que a música, efetivamente, lhe surgiu em 1990, quando deu início às aulas de violão. “Nosso sonho, meu e dos meus amigos
da 8ª serie (escola Marcello Schmidt), era o de montar uma banda. E dessa maneira, montamos. Nossa primeira apresentação se deu através da Banda KGB (e depois Sigma) em uma festa de 16 anos na Sociedade Italiana, em meados de 1991. No mesmo ano, tocamos na nossa formatura de 8ª série na Sociedade Philarmônica Rioclarense”, relembra o músico.
Quando do ano de 1992, Contim passou a estudar no Joaquim Ribeiro, e lá participou de festivais. “Tocamos também na festa de Halloween, tudo de forma muito amadora”, admite. Em 1994, pela primeira vez no Festival de Música HG, do colégio Anglo, recebeu o prêmio de músico revelação. No ano seguinte, mais um troféu, novamente como revelação. “Fui ‘revelado’ dois anos seguidos”, brinca. Já em 1996, obteve êxito na categoria “paródia”.
BANDAS
O artista, ao longo de sua trajetória, integrou inúmeros projetos musicais, conforme rememorou ao Número 1. “Em 1994, entrei para as bandas Durex (rock-pop) e Breathing Reggae. No ano seguinte, 1995, O triste fim da Mariposa. Posteriormente, em 1996, Arte Cínica e Forffé.
Contim enfatiza que, a partir de meados da década de 90, passou a levar a música de modo “semiprofissional”. “Nós nos apresentávamos nas casas noturnas de Rio Claro, festas de escolas e faculdades. Começamos a viajar pela região e, com isso, abrir o leque de amigos e contatos”, conta.
Neste período, durante o dia, exerceu algumas funções paralelas à música: leiturista, estampador de camisetas e auxiliar administrativo. “Em 1999, entrei para a faculdade, me formando em 2002 no curso de Ciências Econômicas. Consegui conciliar dois trabalhos até 2008, quando decidi me dedicar 100% à música”, confidencia.
Em 2001, entrou para a banda Reggaço. De acordo com o músico, foram dez anos e, com ela, dois discos autorais foram concretizados de forma independente com recursos próprios. “Idealizamos uma ‘banda-empresa’ para concretizá-los. Foi um sonho e tanto. Construímos um público que nos acompanhava, gravamos dois discos com músicas autorais e fomos respeitados como banda por muita gente legal da música”, expõe.
No ano de 2006, passou a integrar o Pearl Jam Cover Rio Claro, depois rebatizado de TenLegs Pearl Jam Cover. Agora, em 2018, diz que decidiu encerrar as atividades desta banda.
Dois anos depois, em 2008, teve início uma parceria com o amigo Vitor Bortolin. “Montamos o duo Vitor e João, a princípio, para fazer barzinhos tocando MPB, rock-pop, reggae, etc. Tudo deu muito certo, uma parceria incrível. Hoje em dia, temos algumas casas fixas, além dos eventos empresariais, casamentos e festas particulares”.
Anos mais tarde, já em 2011, juntamente com Fabio Chiossi e Bruno Padoveze, seus grandes amigos e companheiros de longa data (bandas Breathing Reggae e Reggaço), montou o Onelove “Marley Project”, um projeto de releitura das músicas de Bob Marley. Segundo Contim, esse projeto os levou aos quatro cantos do Brasil. “Tocamos em mais de 100 cidades em quase cinco anos. Em 2017, decidi deixar o projeto”, relata.
Em 2014, ao lado de Newton Junior, Gustavo Gazana, Tico Giacomini e Foca Silva, nasceu outro projeto: o Playmohits Rock 80, banda que resgata a energia e a alegria musical dos anos 80.
No final de 2016, Contim foi convidado por Newton Junior para assumir o seu lugar como “John Lennon” na banda Rubber Soul Beatles Cover. “Um desafio gigantesco que, desde então, assumi com muita dedicação e horas de estudo. Esse projeto tem sido o maior dos meus desafios, uma vez que interpretar John Lennon requer muito estudo e sensibilidade. É um novo desafio a cada dia”, confessa.
Conforme relata, em 2018, a Rubber Soul foi convidada a participar do Festival “Abbey Road On The River”, em Indiana, Estados Unidos, festival dedicado aos Beatles que reúne bandas do mundo inteiro. “Experiência inesquecível!”, assegura, acrescentando que, em maio de 2019, estarão novamente neste Festival e, no mês de agosto, irão se apresentar na tradicional Beatle Week, em Liverpool.
“Para o futuro, almejo me dedicar a canções de minha autoria que estão ‘engavetadas’ há algum tempo”, finaliza João Rodrigo Contim.