A primeira Sessão Ordinária da Câmara de Cordeirópolis, realizada nessa terça-feira (4), contou com a tradução para Língua Brasileira de Sinais (Libras), realizada por intérpretes. Nessa sessão, os vereadores do município também aprovaram lei que dispõe sobre a obrigatoriedade da inserção do intérprete também em eventos públicos oficiais do município.
Medida semelhante foi tomada pela Câmara de Rio Claro e pela Prefeitura, que determinaram a presença do profissional em todos os eventos públicos oficiais do município. A medida atende aos mais de 7.500 deficientes auditivos do município, segundo levantamento do IBGE de 2010, dos quais 237 não conseguem ouvir de modo algum, 1.564 têm grande dificuldade e 5.729 apresentam alguma dificuldade.
Para o assessor dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Paulo Meyer, essas novas leis devem aumentar a demanda por intérpretes de Libras. “Isso é importantíssimo se considerarmos que são diretrizes fundamentadas em uma Lei Nacional, que é a Lei Brasileira de Inclusão, que determina que a pessoa com deficiência tem direito à cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer em igualdade de oportunidades com as demais pessoas”, declarou Meyer.
Segundo o assessor, é preciso lembrar que no Brasil existem três línguas oficiais: a portuguesa, a indígena e a brasileira de sinais, portanto, o ensino delas deveria ser obrigatório nas escolas. “Acreditamos e lutamos para que, em um futuro próximo, exista a obrigatoriedade do ensino de Libras para todos no ensino fundamental. Já existem projetos de Lei no Senado em relação a isso e está até em consulta pública no momento.”
Hoje, Rio Claro conta com intérpretes atuando nas escolas EM Armando Grisi e Clara Freire Castelano, no âmbito do Estado, na Escola Barão de Piracicaba. Nas demais escolas, quando necessário, também atendem este público com intérpretes, a exemplo do Ensino de Jovens e Adultos (EJA), da escola CAIC.
CURSOS
Atualmente, no município, existem cursos básicos, intermediários e avançados de Libras, promovidos por organizações e associações da cidade. A Prefeitura, através da Ong Mais forte que a Deficiência, Secretaria de Estados dos Direitos da Pessoa com Deficiência e apoio da Assessoria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, inicia na segunda quinzena de fevereiro um curso de Libras para servidores públicos – este não habilita para ser interprete, pois é básico, mas visa facilitar a comunicação.
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