Rangel Barel, 37 anos, artisticamente conhecido como Barel, é músico, nasceu e foi criado em Santa Gertrudes.
Como ele próprio se define, “caipira do interior”. O artista, quando do último dia 13, lançou um EP intitulado “Quebrante”. Ao Diário do Rio Claro, o músico fala um pouco de sua carreia neste momento relevante em que dá um passo decisivo no tocante à continuidade e ascensão de sua trajetória.
Seu amor para com a música teve início quando criança. Barel descreve como começou a entoar as primeiras notas. “Comecei a cantar vendo minha mãe no tanque de roupas, cantando músicas da igreja. Na escola, encontrei uma guitarra e fiz meu primeiro ‘show’ em 1994”, recorda-se.
Barel esteve à frente da banda Eletro Doméstico. Com ela, dois discos foram lançados, além de inúmeros show país afora. “Me diverti muito”, afirma. No entanto, em virtude do falecimento de seu pai, optou por “dar um tempo”. O porquê, ele explica. “A ocasião exigia de mim um novo amadurecimento e essa passagem me deu perspectiva.”
EP “Quebrante”
O novo trabalho de Barel encontra-se disponível no Spotify e também no YouTube. Conforme elucida, o nome [“Quebrante”] se deu em virtude das bênçãos dadas em outrora, sobretudo no interior, mas há ainda uma outra acepção. “Quebrante, pois invoca a tradição antiga de bênçãos interioranas, e também faz referência à quebra de barreiras na música”, relata.
Ao Número 1, diz que a música inicial de trabalho é “Desconselho”, canção bastante tocante, algo que nos é perceptível logo na primeira audição. Trata-se de uma homenagem a seu pai, recentemente falecido. “Peguei o violão e fui visitar as cantorias populares, as violadas, as músicas de peito rachado, como dizem por aí. Saiu ‘Desconselho’, minha homenagem”, expõe.
Barel admite que, naturalmente, deu prosseguimento e logo veio a segunda música do EP: “Casa e Café”. E garante: “fui edificando minha mensagem.”
Ainda no que diz respeito ao processo de criação, o gertrudense descreve que optou por sofisticar um pouco e, por intermédio do uso de sintetizadores, compôs “Menines e Menines”. Acerca desta música, diz o seguinte. “Para dizer, entre outras coisas, que somos iguais, meninos e meninas.
Iguais e diferentes. Precisa ouvir e pegar os detalhes”, indica. Na sequência, entoou “Reine Sobre Mim”, de acordo com ele, “um amor que vem de cima”, e finaliza com “Pra Nós 2”, sobre liberdade e amor.
O EP foi gravado em São Paulo, sob a supervisão de Fernando Sanches, do EL Rocha estúdio. “Toquei violão, piano e sintetizadores”, conta Barel. “Com o processo, espero estar macio aos ouvidos populares e caminhar na massa”, ambiciona o músico.