Em entrevista ao Centenário, Roberta Escrivão de Campos, que presidiu o Grupo de Apoio e Defesa dos Animais (Gada), enfatizou que vai tentar impugnar a execução da sentença que a condenou por improbidade administrativa. O processo já transitou em julgado.
“O Tribunal de Contas nunca rejeitou uma conta do Gada. Vou devolver o dinheiro para quem e quanto”, questionou.
Roberta refuta a decisão que aponta que teria usado, de forma ilegal e indevida, bens e recursos públicos da entidade em provento pessoal. “Como que eu tive enriquecimento ilícito se quando saí do Gada fui trabalhar como caixa de supermercado?”, argumenta.
Roberta esclareceu que dedicou 15 anos de sua vida pela causa animal. “Tive que colocar até dinheiro do bolso”, diz.
Sobre os procedimentos fraudulentos para se manter na presidência da entidade, apontados no processo, enfatizou: “nenhuma assinatura foi minha, passei por exame caligráfico no inquérito”.
CASO
Conforme informação do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), a 7ª Promotoria de Justiça de Rio Claro obteve a condenação de Roberta Escrivão Campos e Ana Maria Diniz Hoppmann Schittler, ambas ex-diretoras do Grupo de Apoio e Defesa dos Animais (Gada), situada naquele município. “Elas foram condenadas por improbidade administrativa após terem usado, de forma ilegal e indevida, bens e recursos públicos da entidade em proveito pessoal”, diz o texto.
Ainda de acordo com MP-SP, a Justiça determinou que tanto Roberta quanto Ana Maria deverão restituir valores recebidos pela Clínica do Gada, além de pagar multa civil de duas vezes o montante indevidamente apropriado da entidade. Além disso, as duas ficam proibidas de contratar com o poder público por cinco anos e têm os direitos políticos suspensos por igual prazo.