Honda City Hatchback tem tudo para fazer sucesso
Com a dura missão de substituir o Fit, a Honda inicia as vendas do City Hatchback. O novo modelo é maior que o Fit, oferece amplo espaço no banco de trás e tem design harmonioso. E dá para cravar: o hatch vai fazer sucesso. E te explico por que.
Primeiramente porque é um Honda. Inegável que a marca inspira confiança nos consumidores, com produtos de qualidade. Um dos resultados é a revenda. As gerações do Fit tinham baixa desvalorização e ótima demanda.
O novo hatch, ele traz o mesmo 1.5 do sedã, que rende até 126 cv acoplado à transmissão CVT. Avaliado basicamente na cidade, o novo City Hatchback é espertinho e, muito importante, econômico. A marca informa que bebendo gasolina, ele faz 13,3 km/l na cidade e 14,8 km/l na estrada.
O City roda silencioso, mas a suspensão com ajuste mais esportivo incomoda menos o motorista do que os passageiros do banco de trás. As configurações do Magic Seat oferecem espaço de sobra quando é necessário levar objetos grandes e compridos. O porta-malas acomoda 268 litros – menor que o Fit (363 l).
A conexão com o multimídia de 8 polegadas pode ser feita sem fio, há câmera de ré multivisão e destravamento das portas sem chave. A segurança entrega bom pacote, conforme a versão: controle de cruzeiro adaptativo, frenagem de emergência (mitigação de colisão) e assistente de permanência em faixa. Ao acionar a seta à direita, a câmera projeta imagem captada pelo retrovisor.
O preço do Fit nunca foi acessível. Assim é o City Hatchback, que custa na versão EXL R$ 118.400 e Touring, R$ 127.100.
Com visual agradável, motor eficiente, amplo espaço, conforto e tecnologia, a Honda fez uma boa aposta ao aposentar o já desgastado Fit (basta ver suas baixas vendas) e trazer novos ares com o hatch, que não vai vender no mesmo nível dos áureos tempos do monovolume, mas tem ingredientes para atrair compradores do concorrente Toyota Yaris e manter a fidelidade de ex-donos de Fit.
Citroën vai apostar na personalização do novo C3
A Citroën antecipa alguns detalhes do seu próximo modelo que deve ser lançado em abril. Por enquanto, o que se sabe do novo C3, com fabricação em Porto Real (RJ), é que será um compacto mais altinho, com amplo espaço interno.
A marca diz que vai oferecer 13 opções de cores, incluindo teto pintado em outro tom, além de 150 combinações de versões e acessórios. Por dentro, o painel terá duas cores, o cinza Steel e o azul Metálico.
A parte mecânica ainda não foi divulgada, mas por fazer agora parte do Grupo Stellantis (junto com Jeep e Fiat), a francesa tem como opções desde o 1.0 Firefly de até 77 cv (do Fiat Argo) e o 1.6 usado no Peugeot 208, de até 118 cv.
De acordo com a Citroën, o novo C3 será o primeiro veículo de uma família de três modelos desenvolvidos e fabricados na América do Sul nos próximos três anos
Motor 1.6 de Gol e Voyage sai de linha
Com as novas exigências de emissões do programa L7, do Proconve, a Volkswagen teve de promover mudanças em seu portfólio. A começar pela aposentadoria do motor 1.6 8V e 1.6 16V de Gol e Voyage. Com isso, hatch e sedã agora só estão à venda com uma opção de motor: o três cilindros 1.0 12V de até 84 cv de potência com câmbio manual de 5 velocidades. O hatch custa R$ 72.290 e o sedã, R$ 83.690.
Já a picape Saveiro, com a carroceria de cabine simples e dupla, manteve o motor 1.6 16V de 116 cv. Na versão Cross Cabine Dupla custa R$ 119.150.
Esse mesmo motor deixa de ser oferecido em Polo e Virtus. Enquanto o hatch conta com o 1.0 aspirado, o sedã parte da 1.0 turbo (200 TSI) também ofertado no Polo, além da versão esportiva GTS para ambos com o 1.4 turbo.
Nivus e T-Cross agora trazem de série Start-Stop, piloto automático adaptativo e frenagem automática – para todos os Nivus e a partir da versão Comfortline 200 TSI do T-Cross.
Por fim, a Volks informa que o motor 250 TSI do Taos passou por novas calibrações que o deixaram mais eficiente, assim como o motor V6 da picape Amarok (que perdeu 1 cv e agora rende 257 cv) e o 350 TSI 2.0 disponível no Jetta GLI – o sedã agora entrega 231 cv (houve 1 cv de ganho).
*Lucia Camargo Nunes é economista e jornalista especializada no setor automotivo. E-mail: lucia@viadigital.com.br