Por Lucia Camargo Nunes*
Stellantis terá 16 lançamentos no Brasil até 2025
Em visita ao Brasil, Carlos Tavares, CEO da Stellantis, revelou que o grupo, formado no Brasil por Fiat, Jeep, Citroën, Peugeot e RAM, promoverá 16 lançamentos até 2025, mais 7 modelos híbridos/elétricos e 28 reestilizações.
Além da renovação de Argo e Cronos, junto com o novo câmbio CVT, a Fiat deve lançar nesse período um SUV Fastback, enquanto a Jeep prepara uma nova versão híbrida do Compass, a 4xe, que vai ser apresentada em abril. Das francesas, é aguardada a picape média Landtrek da Peugeot e a Citroën lança o novo C3.
São esperadas novidades em desenvolvimento de híbridos com a utilização de etanol e também estão programados no período, investimentos em direção autônoma, conectividade e novos serviços.
Citroën inicia a produção do novo C3
Aproveitando a visita de Carlos Tavares à planta de Porto Real, no Rio de Janeiro, foi dada a largada para a produção do novo Citroën C3. O modelo será o primeiro de uma família de três veículos projetada para o Brasil e América do Sul.
O novo Citroën C3 inaugura em Porto Real a variante da plataforma CMP e será o primeiro veículo da Stellantis produzido no Brasil a utilizá-la. A plataforma é modular e flexível, podendo ser usada em veículos dos segmentos B e C. A variante dessa plataforma será a base do projeto C-Cubed, que serve ao novo C3 e a mais dois novos veículos.
Toyota quer crescer com eletrificação e SUVs
Enquanto no Brasil a Toyota colhe bons frutos das vendas dos primeiros e únicos híbridos flex – com o sedã Corolla e o SUV Corolla Cross – ao que tudo indica a tecnologia será expandida a outros modelos.
“No Brasil temos o etanol e precisamos aproveitar o máximo possível essa tecnologia. Está tudo pronto, há 40 anos. Já para produzir um veículo elétrico, precisamos fabricar baterias de lítio, muito cara, e não temos ainda uma boa estrutura para carros elétricos”, afirmou o CEO da Toyota para América Latina e Caribe, Masahiro Inoue, mais conhecido como Massa, em entrevista exclusiva para a Via Digital. “Podemos seguir um caminho diferente”, referindo-se aos flex fuel hybrid.
Para o Brasil, existe um planejamento de que outros carros do portfólio Toyota se tornem híbridos flex. Até 2025, cada linha terá opções eletrificadas.
Vem aí o SUV do Yaris
Em relação ao crescimento de interesse pelos SUVs, o CEO está ciente de que eles são inevitáveis. Mesmo assim, a Toyota segue firme com a liderança folgada do Corolla. Produzido em Indaiatuba (SP), o sedã detém 60% de market share e tende a crescer mais com a saída do Honda Civic, que deixou de ser nacional (e só voltará ao Brasil na próxima geração, importado e mais caro).
Com o Corolla, Massa diz atender os clientes mais tradicionais. “Há uma pequena canibalização para o Corolla Cross, mas quem gosta de sedã continua com sedã”, analisa.
“Consumidor global quer SUV. Então, o segmento B, de sedã e hatch como o Yaris, está indo para o SUV”, antecipa. Na Europa, a Toyota já vende o modelo Yaris Cross, que deve servir de base para o SUV compacto por aqui.
Seu lançamento ainda pode demorar um pouco, mas se as vendas da dupla Yaris não embalarem, é possível que a marca japonesa antecipe sua produção no Brasil.
Sprinter Street recebe motor mais eficiente
De olho no segmento de delivery, que continua aquecido, a Mercedes-Benz lança a Sprinter 315 CDI com um novo motor diesel de quatro cilindros 2.0 de 150 cavalos de potência, tudo para atender à novas leis de emissões Proconve L7. A transmissão é a mesma, manual de 6 marchas.
No pacote, a montadora destaca redução de 6% de combustível na cidade e 11% na estrada, 5% de ganho em potência e 3% de torque em relação ao modelo anterior 314 CDI. Além disso, recebeu nota A do Ibama em emissões. A oferta de transmissão automática e elétrica ainda está em estudo.
São três opções de carroceria da Sprinter, produzida na Argentina, com vendas a partir de maio: versão Truck por R$ 239.600 e Furgão a R$ 249 mil.
*Lucia Camargo Nunes é economista e jornalista especializada no setor automotivo. E-mail: lucia@viadigital.com.br