Colina estardalhaço
Preso, acorrentado, bobo enjaulado, confinado em um quadrado, sendo torturado, girando, tombando, caindo de dor. Olho para o lado de fora através de um buraco, onde a única coisa visível é uma flor. Uma flor de sangue conturbada, sempre acabada, congelada e sem cor, sofrendo, morrendo, entardecer sem amor. Escurecendo, não vejo nada, até que começa a chover, e fico sozinho, confinado em quatro paredes, com medo de ver.
Sempre achei que as coisas acontecessem aleatoriamente, mas depois de refletir um pouco, percebo que até que fazem sentido.
Sinceramente, um aperto de mão ou um tapinha nas costas pode ajudar alguém, especialmente depois de perceber que, mesmo dando o seu melhor, acabou perdendo. No entanto, não estou falando de fracasso, mas sim de que se não aconteceu, havia uma razão para isso.
Para tudo existe um motivo, pelo menos na maioria das coisas. Em minha vida, nunca ganhei muito; pelo contrário, sempre perdi e fracassei. No entanto, não estou triste nem arrependido do que fiz na vida. Afinal, todas as escolhas e consequências foram minhas. Prefiro usar a palavra ‘ações’, soa menos pesado.
Texto escrito pelo aluno Rafael Pizoli, estudante da Escola Estadual Januário Sylvio Pezzotti, sob a curadoria de Rafael Cristofoletti Girro, aluno da Escola Estadual Marciano de Toledo Piza, de Beatriz Ribeiro Fausto de Jesus e de Vitória Ribeiro, todas alunas da Escola Estadual Zita de Godoy Camargo. Todos fazem parte da Rede Camões de Jornais Escolares. Este texto possui um caráter pedagógico
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