Coletores de recicláveis têm sentido na pele a queda nos trabalhos e tem prejudicado a renda desses profissionais, que a cada mês veem o salário cair ainda mais. O reflexo da pandemia atinge milhares de pessoas quando o assunto também é economia. É o que tem vivenciado os coletores da Associação Novo Tempo. “Diminuiu muito a nossa coleta, porque tem condomínio que não pode mais entrar para recolher, firmas que as pessoas não estão trabalhando também e não estão gerando reciclados e muita gente que ficou desempregado está recolhendo na rua”, disse a presidente da Associação Jozilma de Jesus.
A Associação de Catadores de Materiais Recicláveis Novo Tempo foi criada em 17 de novembro de 2016, iniciou com 32 pessoas, enfrentaram um incêndio na Avenida 8-A e, hoje, atuam em espaço na Avenida Tancredo Neves no Jardim Inocoop, com 18 pessoas trabalhando, ou seja, são 18 famílias que necessitam e sobrevivem dessa renda. “A gente necessita desse material para fazer nosso pagamento, muitas pessoas pagam aluguel, água, luz, temos filhos, precisamos pagar as babás para cuidar para que a gente possa trabalhar, porque escolas fechadas, então temos que ter um responsável para os nossos filhos”, ressaltou.
Com a queda na coleta, contam com a solidariedade. “Temos pessoas que nos ajudam com alimento que é o Projeto, a Igreja Luterana e outros parceiros. Mas a grande preocupação é com os salários, porque temos nossas contas e com a pandemia foram fechados muitos lugares que a gente recolhia o reciclado, então teve essa queda”, salienta Jozilma.
A coletora destaca que antes eram coletados 45 mil quilos por mês de materiais, hoje, reduziu para 20 mil quilos mensais.
COMO AJUDAR
E para contribuir com esses profissionais é muito simples, basta fazer cada um em sua casa a separação de materiais. “A gente pede para toda a população de Rio Claro separar o seu reciclado do lixo comum, a gente vai buscar, se precisar, temos o caminhão à nossa disposição, somos assessorados pela prefeitura. Desde que seja um volume maior”, disse.
Caso contrário, os materiais podem também ser entregues na Associação que fica na Avenida Tancredo Neves, S/N, no Jardim Inocoop ou até mesmo no Ecoponto do bairro que fica ao lado.
Outra forma de ajudar é com doações. “Podem doar alimentos, aceitamos de bom coração e agradecemos a todos que nos ajudam”, agradeceu Jozilma
Por Janaina Moro / Foto: Divulgação