O jornalista Ricardo Boechat, de 66 anos, morreu na queda de um helicóptero no início da tarde dessa segunda-feira (11) em um dos acessos da Rodovia Anhanguera, que liga a capital paulista ao interior.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o piloto da aeronave também morreu carbonizado. O motorista de um caminhão atingido no acidente foi resgatado pelo serviço da concessionária que administra a via.
A Federação Nacional das Empresas de Rádio e TV (Fenaert) manifestou seu pesar pela morte trágica do jornalista. A entidade lamentou em nota a perda “de um profissional tão valoroso, que conquistou o reconhecimento do público e se tornou um dos comunicadores mais admirados do Brasil”.
“Boechat alcançou um nível de maestria em manter a objetividade do bom jornalismo sem deixar de emitir sua opinião. Certamente, é uma grande perda para a comunicação brasileira”, destaca o presidente da Fenaert, Guliver Leão.
Boechat passou pelos principais jornais do país, como O Globo, O Dia, O Estado de São Paulo e Jornal do Brasil. Trabalhava como âncora da rádio BandNews FM e da TV Bandeirantes, no Jornal da Band. Foi também diretor de jornalismo na Band e trabalhou como âncora em diversos jornais do Grupo. Conquistou três prêmios ESSO e foi o maior ganhador da história do Prêmio Comunique-se, sendo o único a vencer em três categorias distintas (Âncora de Rádio, Colunista de Notícia e Âncora de TV).
A jornalista de Rio Claro Melissa Franco Molina Campagnone, que atualmente trabalha na Rede Bandeirantes, lamentou a morte do jornalista. “Infelizmente, perdemos uma mente brilhante aqui no país. Ele era sensacional. Ele era uma pessoa única. Eu prefiro ficar com os momentos dele lá dentro da Band. Todo dia ele chegava cedo, pegava seu jornal, sentava no estacionamento e via as principais notícias, para depois fazer os seus comentários.
Um cara simples, atencioso, dedicado. É uma perda irreparável para o jornalismo. Para nós aqui da Band, do BandNews TV, parece que está faltando uma perna agora. Não sei como vai ser, sem ele realmente vai ser difícil, Era um cara que traduzia tudo que a gente queria que fosse falado, sobre política, futebol, enfim, sobre tudo. É inacreditável, fico sem palavras. O que fica para mim é o aprendizado”, disse Melissa.