Identificar a causa-raiz, estancar e documentar são algumas das principais medidas que as empresas devem tomar em casos de vazamentos de dados, de acordo com o novo Manual “Resposta a Incidentes Cibernéticos”, lançado nesta terça (29), durante o VI Congresso de Segurança Cibernética, Proteção de Dados e Governança de IA, que aconteceu em São Paulo. Para o 2º vice-presidente do Ciesp, Francesconi Júnior, a pauta da cibersegurança tornou-se uma “necessidade estratégica para as empresas”.
O congresso teve 450 participantes e além do manual, também disponibilizou a 2ª edição de três materiais orientativos e promoveu uma simulação interativa. Também foram anunciadas novas pesquisas e cursos voltados ao tema. Segundo o novo manual, o Brasil registrou 5,4 bilhões de tentativas de ataques e é líder no papel de maior alvo de cibercriminosos da América Latina. No mundo, cada organização estaria enfrentando 1.248 ataques por semana, de acordo com estudo da Check Point Research.
Francesconi Júnior participou do congresso, representando tanto o presidente do Ciesp, Rafael Cervone, quanto o presidente da Fiesp, Josué Gomes. Ele ressaltou, durante o evento, que os empresários têm um papel multiplicador dentro da pauta da segurança cibernética e destacou que o tema já não é mais apenas uma questão técnica. “Nos dias de hoje, a segurança cibernética não é apenas uma questão técnica, mas uma necessidade estratégica para garantir a continuidade e a resiliência das empresas”, disse Francesconi.
Já o diretor adjunto do Departamento de Defesa e Segurança da Fiesp, Rony Vainzof, disse que a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) está numa nova fase, com a sua regulamentação e fiscalização pela Autoridade Nacional de Dados. Ele também destacou que o uso da Inteligência Artificial e de suas aplicações se tornou crucial para a competitividade. No entanto, chamou a atenção para o fato de que 77% das empresas entrevistadas em uma pesquisa de 2023 enfatizavam que as organizações devem ser responsáveis pelo uso responsável da IA e que 75% defendem mais transparência e envolvimento humano nos processos decisórios sobre o uso da IA.
“Não é por acaso que a Lei Geral de Proteção de Dados também prevê como fundamento para a proteção de dados pessoais, o desenvolvimento econômico, tecnológico e a inovação, trazendo maior segurança jurídica e um norte para as empresas sobre como utilizar os dados de forma ética, segura e responsável”, disse Rony.
Foto: Divulgação/Ciesp