Recentemente, a Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimento (Aspacer) foi palco do anúncio de uma conquista histórica: a entrada das primeiras três indústrias paulistas no mercado livre de gás natural (GN). Delta Porcelanato e os grupos Cecafi e Lef são os pioneiros nessa transição do ambiente cativo para o livre.
E, nesta última semana, mais duas empresas aderiram ao mercado livre: Cedasa e Incopisos. O motivo do aumento nas adesões tem sido o fato do setor ter conseguido negociar preços mais competitivos e condições mais flexíveis do que o praticado no mercado cativo.
De acordo com Luís Fernando Quilici, diretor de Relações Institucionais da Aspacer, atualmente, o volume de gás natural consumido em São Paulo está na ordem de 1,8 milhão de metros cúbicos por dia. Hoje, o custo do GN chega a representar até 35% do custo total da indústria cerâmica.
“Temos capacidade instalada para ampliar a produção de cerâmica e, consequentemente, o consumo de gás na ordem de 30%. A migração para o mercado livre é recente e vem avançando, sendo que além dessas cinco empresas que já migraram, temos ainda um grupo de indústrias associadas à Aspacer, que se encontram em fase final de negociação de contratos para o mercado livre”, destacou.
A Aspacer tem tido uma postura proativa na defesa do segmento, contribuindo com seus associados nas discussões sobre o mercado livre de GN. A abertura do mercado em São Paulo é vista como um sinal positivo que poderá ser replicado em outros estados, que podem se beneficiar das vantagens competitivas que o mercado livre de gás natural proporciona.
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