O setor industrial cerâmico brasileiro teve uma importante representação no painel sobre desfossilização, realizado durante a Conferência de Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU), COP28, nas últimas duas semanas.
A apresentação, ocorrida em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, foi conduzida por Benjamin Ferreira Neto, vice-presidente da Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimento (Aspacer) e da Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres (Anfacer).
Ferreira Neto enfatizou que, o evento proporcionou uma oportunidade única para líderes mundiais discutirem estratégias cruciais voltadas à sustentabilidade global. Durante sua apresentação, ele expôs dados relevantes do setor cerâmico brasileiro e abordou a importância do biometano na transição energética.
No entanto, além da participação no painel da COP28, representantes do setor cerâmico brasileiro tiveram encontros estratégicos com diversas entidades, como a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Ibama, Suzano, Associação Brasileira do Biogás (Abiogás), Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea); InvestSP – Escritório de Dubai, Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro), governo do estado do Espírito Santo, Itaipu Binacional, Petrobras e também com ex-presidente da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo.
De acordo com diretor de Relações Institucionais das Aspacer, Luís Fernando Quilici, durante o evento, a comitiva esteve ainda em uma reunião com a CNI (Confederação Nacional da Indústria), onde foi apresentada a proposta de um projeto de Encadeamento Produtivo, que analisará o setor sob diversas perspectivas, incluindo caracterização, desafios da sustentabilidade, aspectos regulatórios, alinhamento com os objetivos do desenvolvimento sustentável além das tendências internacionais, desafios e oportunidades para a cerâmica brasileira.
“Essa iniciativa vai além de promover ações de internacionalização, abrangendo também a economia de baixo carbono e a adoção de práticas relacionadas ao ESG (Environmental, Social and Governance). O setor cerâmico brasileiro reafirma, assim, seu compromisso não apenas com a inovação, mas também com a construção de um futuro mais sustentável e alinhado com as demandas globais por responsabilidade ambiental e social”, destacou.
Durante o encontro, representando o setor, estiveram presentes em Dubai, além de Quilici e Benjamin, o presidente da Aspacer, Eduardo Roncoroni Fior e o CEO da Anfacer, Maurício Borges.
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