Centrais sindicais fizeram nesta terça-feira (18) um ato pedindo a queda da taxa básica de juros (Selic), na Avenida Paulista em São Paulo. Com bandeiras e carros de som, o grupo se reuniu em frente ao prédio do Banco Central (BC). O presidente da autoridade monetária, Campos Neto, também foi criticado durante o protesto.
Começou ontem a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para definir os juros básicos da economia. Na última reunião, no início de maio, o Copom reduziu a taxa pela sétima vez consecutiva, para 10,5% ao ano. No entanto, a velocidade do corte diminuiu. De agosto do ano passado até março deste ano, o Copom tinha reduzido os juros básicos em 0,5 ponto percentual a cada reunião. Na última vez, a redução foi de 0,25 ponto percentual.
Apesar dos cortes, os sindicalistas avaliam que a taxa de juros no país continua muito alta. “Ainda é muito alto. Não dá para o Brasil fazer investimento”, reclama a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Neiva Ribeiro dos Santos.
Na última ata da reunião do Copom, não havia indicativo de novo corte na taxa de juros. E isso deve se manter se confirmar a previsão dos quatro maiores bancos privados do país. Itaú, Bradesco, Santander e BTG Pactual não acreditam num novo corte de juros nesta quarta-feira (19), quando termina a reunião do Copom.
Por Agência Brasil / Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil