O aumento expressivo no número de pessoas com sintomas respiratórios fez com que as recepções dos prontos atendimentos de Rio Claro ficassem lotados e, consequentemente, o tempo de espera passou a ser maior. Essa é apenas uma das consequências vividas pelo município diante do avanço da Covid-19.
“Enfrentamos dificuldade para compor escala de profissionais de saúde dessas unidades por conta do quadro incompleto de servidores e também da dificuldade de contratação temporária, já que é grande a demanda por estes profissionais também em outros municípios”, observa Giulia Puttomatti, secretária municipal de Saúde.
Dentre as pessoas com sintomas respiratórios há os quadros leves (perda de olfato e/ou paladar, coriza, dor de garganta, diarréia, dor de cabeça, dor muscular, febre, tosse, fadiga); os casos moderados (tosse persistente com febre persistente diária, tosse persistente com piora progressiva de outros sintomas, como fadiga e diarreia, ou presença de sintomas somado a fatores de risco (HAC, MD, Asma, gestante); e os casos graves (dispnéia / desconforto respiratório, saturação menor de 93% em ar ambiente, coloração azulada de lábios ou face).
A maioria dos casos sintomáticos que chegam aos serviços de saúde são leves, com recuperação a partir de medicação adequada e repouso. “São as unidades de saúde dos bairros que a população deve procurar em casos leves, o que, além de evitar grandes deslocamentos, contribui para que não haja longas filas nas unidades de pronto atendimento”, orienta Karla Damasceno, chefe da divisão de atenção básica, da Secretaria Municipal de Saúde, acrescentando que estão sendo feitos remanejamentos de agendas médicas e alteração no fluxo de pacientes dentro de cada unidade, inclusive com ambiente separado para o atendimento de pessoas com sintomas respiratórios.
A linha “cuidado” dos atendimentos realizados, que inclui pré-natal, puericultura e acompanhamento de pacientes com Diabete Mellitus e hipertensão arterial crônica, será mantida. É possível que esses atendimentos em breve sejam remanejados para outros locais, com o objetivo de que públicos distintos não compartilhem tempo e espaço iguais.
A vacinação contra a Covid-19, que atualmente é realizada nas unidades de saúde, também deverá ser transferida para pontos estratégicos, de forma que pessoas que buscam a vacina contra a Covid não encontrem pessoas que buscam ajuda médica e outras vacinas do calendário anual.
“Estamos trabalhando para otimizar os recursos e ampliar nossa capacidade de atendimento, mas precisamos que a comunidade também faça sua parte, use máscara, evite aglomerações e higienize frequentemente as mãos, pois apenas com a participação de todos conseguiremos frear a disseminação do vírus”, destaca a secretária Giulia.
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