Um aluno de 17 anos da Escola Estadual Chanceler Raul Fernandes, que teve o exame de sorologia para dengue comprovado, procurou o Diário do Rio Claro para expor a situação e reivindicar providências para o prédio ao lado da unidade, que está desativado e abandonado há muito tempo.
“Estou com dengue, uma outra amiga minha também, um outro amigo e duas professoras do Chanceler já ficaram com dengue. Fora as outras pessoas que possam estar e eu não sei”, relatou o aluno, que ainda está se recuperando da doença.
Ele complementa a preocupação com o espaço. “Está trazendo isso para os alunos da parte ativada. É um problema bem grande, doenças sendo levadas para os alunos dentro da escola. Todos estão aflitos com esse assunto de dengue”, disse o adolescente.
A escola desativada, que pertence ao Centro Paula Souza, já foi alvo de muitas reclamações por acúmulo de sujeira e vandalismo. Desde 2013, o espaço não é utilizado para fins educacionais e também não recebe nenhum tipo de manutenção.
NÚMEROS
O último boletim divulgado pela Fundação de Saúde no dia 2 de maio apontava que o município estava com 138 casos confirmados de dengue. Além disso, a Análise de Densidade Larvária (ADL) está com índice 1.7, considerado situação de alerta. Somente neste ano já foram recolhidas 18 toneladas de materiais de possíveis criadouros do Aedes.
Recentemente, o Diário do Rio Claro trouxe matéria onde familiares declararam que um homem, de 56 anos, estava com dengue hemorrágica. Após uma semana internado, morreu por conta de outras complicações de saúde. A Prefeitura disse que aguarda resultado de exame.
REGIÃO
A cidade de Araraquara registrou cinco mortes por dengue e 9,3 mil casos da doença.
IMÓVEIS FECHADOS
A prefeitura de Rio Claro está ampliando as ações preventivas contra o mosquito transmissor da dengue. Para eliminar criadouros, os agentes públicos de saúde vão entrar em imóveis fechados que estejam abandonados ou na ausência ou recusa do responsável em permitir o acesso das equipes da saúde.
O decreto será publicado nesta semana no Diário Oficial. “É uma questão de saúde pública, na guerra contra o Aedes aegypti faremos o ‘quebra cadeado’ sempre que necessário”, frisa o prefeito João Teixeira Junior, o Juninho da Padaria.
“Estamos tomando medidas mais enérgicas pela eliminação dos criadouros do Aedes, pensando na saúde pública”, destaca a secretária municipal de Saúde, Maria Clélia Bauer. “Imóveis fechados não podem ser um empecilho para o plano de contingência que estamos executando para reduzir os riscos de proliferação da dengue”, acrescenta.