A sessão da Câmara dessa segunda-feira (11) foi marcada por um profundo silêncio em relação ao caso do vereador Paulo Guedes (PSDB), condenado em primeira instância a seis anos, sete meses e dez dias de reclusão por supostamente cobrar parte do salário de funcionários de seu gabinete.
No auditório, manifestantes cobraram dos parlamentares que se pronunciassem sobre o caso. Os membros do Legislativo permaneceram impassíveis sobre os pedidos. O presidente da Câmara, André Godoy (Democratas), teve que pedir silêncio a uma parte do público para não atrapalhar os trabalhos da Casa.
Na sessão do dia 4 deste mês, pessoas ligadas ao PSOL também ocuparam o auditório da Câmara para pedir a cassação do vereador.
Conforme rege a Lei Orgânica do Município, em seu artigo 21, inciso 1º, é incompatível com o decoro do poder Legislativo, além dos casos definidos no Regimento Interno, o abuso das prerrogativas asseguradas ao vereador ou a percepção de vantagens indevidas.
Em sua última declaração ao Centenário, o tucano Paulo Guedes disse que recebeu com surpresa a notícia e afirmou que iria recorrer. “Estou seguro da lisura dos meus atos e, conforme assegura a Constituição Federal, estarei interpondo recurso de apelação. Acredito na justiça e, por ser assim, continuarei a trabalhar como sempre fiz, certo de que os tribunais, ao final, reverterão a sentença que contra mim foi prolatada”, disse em nota.
O vereador foi procurado pela reportagem em outras ocasiões, mas não respondeu aos questionamentos.