Rodrijes Dragone Spiller, de 37 anos, foi condenado à pena de 17 anos, 9 meses e 10 dias de reclusão no regime fechado pelo assassinato da jovem Ana Talita da Silva, de 19 anos, ocorrido no dia 7 de março de 2020. O julgamento do motorista de aplicativo ocorreu nessa quinta-feira (9), no Fórum de Rio Claro e durou três horas. O réu foi a júri popular.
O CASO
O corpo da jovem Ana Talita da Silva, de 19 anos, foi localizado próximo ao aterro sanitário do município. Ela desapareceu na tarde do dia 7 de março de 2020 quando foi fazer compras em um supermercado e acionou o motorista de aplicativo. O mesmo, que também foi considerado desaparecido pela família naquela data.
Na tarde de 10 de março, o motorista de aplicativo se apresentou na delegacia, na ocasião, alegou não ter envolvimento com o crime.
No dia 13 de março, a Polícia Civil divulgou o trabalho de investigações após esclarecer o caso. Na ocasião, em uma coletiva de imprensa as autoridades presentes, o delegado seccional da época, Paulo Nabuco, e o delegado responsável pelo caso, Alexandre Socolowski – destacaram que as câmeras de segurança foram imprescindíveis para a resolução do caso. As imagens registraram o veículo sendo conduzido pelo motorista na Rua 1, do Jardim Novo I, às 17h15, e é registrado novamente às 17h29, passando pela Estrada dos Costas. “Este foi um ponto importante da investigação para que não houvesse dúvidas da participação dele, para colocá-lo na cena do crime”, salientaram.
O delegado Alexandre Socolowski disse que, a princípio, o motorista negava a autoria, mas ao ser confrontado e ao relatar histórias inconsistentes, acabou por confessar o crime. “O trajeto foi refeito e, segundo as imagens e os relatos dele, ele deixa Ana Talita em uma loja para pegar uma encomenda e depois a busca; a partir disso, o percurso que acompanhamos, através das câmeras, mostra o veículo em Santa Gertrudes, depois na pista Rio Claro-Piracicaba, culminando no aterro sanitário”, revela.
Segundo o delegado, a morte da jovem se deu por volta das 17 horas, quando ele deixa o corpo em um canavial próximo ao aterro sanitário. No local, eles teriam discutido e o autor pegou uma faca, que estava no banco de trás do carro, desferindo o golpe contra a jovem.
Depois de deixar o corpo, o motorista teria ido a alguns bares da cidade, a um barbeiro para cortar o cabelo, com o intuito de ter um álibi, e depois voltou para casa. “Quando ele percebe que muitas pessoas já estão sabendo do desaparecimento dela, volta ao bairro Jardim Novo, deixa o veículo e segue a pé até o distrito de Tanquinho, onde pega um ônibus para Piracicaba, de lá para São Paulo e, depois, para o litoral”, relatou o delegado.
De acordo com o depoimento do acusado, ele conhecia a vítima e teriam tido um relacionamento. O período em que se relacionaram não foi divulgado.
Por Janaina Moro / Foto: Divulgação