No fim da tarde de terça-feira (29), equipes da Central de Polícia Judiciária cumpriram mandado de busca e apreensão no local onde moram os pais do principal acusado do homicídio registrado na noite de domingo (26), em Rio Claro. “Com o mandado, fomos até o apartamento dos pais. Lá, nada foi localizado, porém, na esquina do prédio apreendemos o veículo que teria sido usado para o crime”, declarou o delegado responsável pelo caso, Carlos Alberto Schio.
Em conversa com a equipe do Diário do Rio Claro, o delegado deu detalhes das investigações e disse que o acusado teria sido visto por uma outra testemunha no dia seguinte ao crime. “A pessoa declarou que viu o investigado saindo do prédio na segunda-feira de manhã cobrindo o rosto com um boné e acompanhado por três advogados”, relatou.
No apartamento, o delegado conversou com a mãe do suspeito. “Conversei bastante com ela, os pais estavam abalados. Explicamos que o melhor a se fazer é ele se entregar”, contou o delegado.
Um acompanhamento também era feito pela Central de Monitoramento do Município para verificar possíveis locais que o veículo teria passado. “O veículo não foi detectado. Não passou por nenhum local onde existem as câmeras e, pelo rastreamento feito, conseguimos localizá-lo no bairro Cidade Jardim”, contou o delegado.
A equipe da Central de Polícia Judiciária fazia acompanhamento também pela Central de Monitoramento do Município para verificar possíveis locais que o veículo teria passado.
O CRIME
O crime foi registrado na noite de domingo (27), por volta das 22 horas. A vítima, Luiz Aparecido Seneme, de 58 anos, foi morto a tiros em sua casa, que fica na Rua 23, no bairro do Estádio. Segundo registro no boletim de ocorrência, o acusado, de 53 anos, ocupava um veículo Honda Civic preto.
Ele chegou em frente à residência, efetuou pelos menos dois disparos contra Luiz, que estava descendo de seu carro na garagem. Um dos tiros acertou a cabeça. Também havia uma perfuração no peito, do lado direito.
A vítima ainda entrou no imóvel. Segundo a filha, ele chegou a contar para a esposa que o vizinho tinha atirado contra ele. Não deu tempo nem de realizar socorro. Luiz morreu no chão da sala.
O autor fugiu rapidamente do local. Familiares e até moradores do bairro estavam com medo e esperam por justiça. “Ele disse que ia matar mais alguém. Deu os tiros no Luiz e foi até um bar em busca de outra pessoa. Parou o carro um quarteirão antes e foi a pé. Disse: ‘já matei um lá, agora vou matar um aqui’.”