O carnaval da vida já passou, desfilou fora da Sapucaí, as fantasias nem ao menos ficaram manchadas de suor, de serpentina e confete. O surdo deu um longo suspiro e parou de dar o compasso do samba, a cuíca teimou em chorar na pasarela e os tamborins descançaram no barracão junto com carros alegóricos. Já passou.
Devemos valorizar todas as pessoas que cumpriram neste Carnaval com a determinação da OMS (Organização Mundial de Saúde) de evitar aglomerações, de ficar mais em casa, de lavar bem as mãos, utilizar o álcool gel e o uso das máscaras, foi um ato de solidariedade, de civismo e de amor.
O comércio, os restaurantes, os hóteis, as agências de viagens e o turismo foram os mais afetados. É um prejuízo muito grande para esta fatia de nossa economia já tão sufocada pelas elevadas taxas de impostos e os estoques que não saíram das prateleiras. O Carnaval já passou pela folhinha e a vida continua.
Você sabe que é na crise que ocorrem os maiores progressos e o maior desenvolvimento para a humanidade é a vacinação em massa que, ainda tênue, continua a fazer uma grande diferença para todos nós, a dose da liberdade, da prevenção e a da esperança.
O samba enredo deste ano sem dúvida nenhuma teria que conter em seus versos a vacina, seringa, agulha, Postos de Saúde, ambulância, médicos e enfermeiras. Os autores deste samba enrêdo teriam que escrever sentimentos muito profundos de alegria, coragem, solidariedade, expectativa e amor incondicional e ficaria um samba enrêdo para imortalizar o ideal do ser humano: viver!
Mas, não foi exatamente assim que uma minoria de nossa população em todo o território nacional resolveu colocar em prática. Cenas impressionantes de aglomerado de pessoas divertindo-se sem máscara, em ambientes fechados e ainda por cima a maioria alcoolizados. Sem contar com as praias lotadas com dificuldades até para caminhar de um lado para o outro.
Este pode ser o Carnaval da morte. Este pode ser o Carnaval do vírus. Este pode ser o Carnaval da disseminação da carga mais potente do Covid-19, pode ser a burrice do ano para esses foliões. A pressa pode ser um preço alto a pagar, não é?
Estamos vivendo o tempo da comunicação, o tempo de aprendizados, o tempo de superação, o tempo da humanidade despertar e começar a valorizar mais as suas atitudes, seus comportamentos e os resultados que desejam obter neste planeta Terra.
Qualquer mudança necessita de tempo, de aprimoramento, de paciência e de compreensão daquilo que desejamos e de como a desfrutamos. A vida é algo que necessita ser mais valorizada e bem vivida, nós só temos uma, vamos desde já cuidar um pouco mais dela. Pense nisso!