Aos que comungam com os princípios do Dia Nacional de Adotar um Animal, que será comemorado pelo 23º ano consecutivo, em 4 de outubro, é importante ressaltar que a adoção deve ser realizada sempre de maneira responsável.
“A presença do tutor é muito importante para que o animal se sinta feliz, caso contrário, se ficar muito tempo sozinho e preso, poderá se sentir infeliz”, ressalta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News (www.revistaecotour.news).
A solidão poderá ocasionar uma alteração de comportamento, denominada ansiedade da separação. Alguns tutores de cães e gatos desconhecem a razão porque o animal está defecando em locais impróprios, escavando, mordendo objetos, rasgando roupas, arranhando móveis, uivando, com anorexia ou hiperatividade, e isto se deve à falta de atenção necessária.
“O animal, às vezes, acaba até sendo punido pelos estragos causados, como se ele fosse culpado, quando a culpa é do tutor, que não está conseguindo compreender sua carência afetiva”, enfatiza Vininha F. Carvalho.
Carinho e atenção são essenciais para a socialização dos animais de estimação. Quando filhote, após a separação da mãe e dos irmãos de ninhada, se dará início o período de socialização do animal (entre 2 e 4 meses), em que ele se ligará fortemente ao tutor e às pessoas com quem tiver contato.
A ligação implica numa relação de confiança e é a base fundamental do laço entre o tutor e o animal de estimação. Como todo excesso traz malefício, o animal não deve ficar extremamente dependente do tutor, isto propiciará o desenvolvimento de distúrbios comportamentais associadas à separação.
Segundo Vininha F. Carvalho, o animal precisa ser tratado com equilíbrio, exercitando bastante o físico, recebendo treinamento correto para ser obediente, desfrutar de brinquedos adequados e passeios diários, para não se estressar e manifestar um comportamento indesejado.
O cão elege o seu tutor, aquela pessoa que lhe inspira respeito e isso quer dizer autoridade e não violência. A firmeza nos gestos e na voz é que determinarão isso. Para ele, os habitantes da casa obedecerão a uma escala de poder e caso ninguém tenha autoridade com ele, será ele quem assumirá a liderança, não obedecendo a ninguém.
A mudança súbita no ambiente, decorrente de divórcio, falecimento e até a chegada de um novo membro na família influenciam no comportamento do animal. Quando ele é esquecido pelos que convivem com ele, resmungará como se fosse um choro, pois se sentirá menosprezado. Percebendo que ninguém liga para o resmungo dele, acabará latindo para chamar a atenção.
“Adotar um animal é uma iniciativa muito importante, a força do amor incondicional é capaz de transformar uma vida, mas para ter ao seu lado um companheiro muito saudável, é fundamental ter tempo para cuidar dele com carinho e dedicação”, conclui Vininha F. Carvalho.