Na última semana, a história do cachorro Odin ganhou destaque nas redes sociais depois dele ficar órfão após o seu tutor morrer em um acidente de carro no primeiro dia de 2023.
O comerciante João Júlio Ferreira Carreira Batista, de 31 anos, perdeu o controle da direção do carro que dirigia, passou por cima de uma placa de sinalização e bateu contra o pilar da estrutura de um restaurante entre a Rua 6 e a Avenida Rio Claro.
Segundo informações da polícia, o carro seguia sentido bairro, quando entrou no Rei do Cupim. Batista, que estava sozinho no carro, foi arremessado para fora do veículo em direção à fachada de vidro do restaurante. O veículo pegou fogo e a fachada ficou destruída.
Batista morava com Odin no Cidade Jardim e não tinha família na Cidade Azul. A mãe vive no Rio de Janeiro e, com a saúde um pouco debilitada, não tinha condições de ficar com o cachorro. Uma irmã mora no Chile, mas o apartamento é pequeno. Foi aí que resolveram fazer uma campanha no Facebook.
No fim da última semana, essa história ganhou um novo capítulo com a adoção do cachorro por uma família de Analândia, que conversou com exclusividade com o Diário do Rio Claro.
“Vimos na internet, marcamos nosso encontro na sexta-feira à tarde e ficamos muito ansiosos para conhecê-lo. Foi uma mistura de sentimentos e reações ao vê-lo. Comecei a chorar. Parecia que eu estava sentindo a dor que ele estava sentindo. Consequentemente todos se emocionaram”, comentou Natalia Brandão Camacho.
Ela, que é professora de educação física, disse à reportagem do Diário que uma perda nunca é algo confortável e feliz e que tem em mente que os animais são como crianças.
“Sua inocência e sensibilidade trazem consigo uma facilidade ao mesmo em se adaptar a mudanças, mas também as sentí-las com intensidade. E o fato de Odin ter perdido um amigo e não ter conseguido um novo lar, nos sensibilizou demais”, explicou.
Novo lar e novos amiguinhos
Odin agora mora na pacata Analândia e ainda ganhou dois irmãos: a Treta e o Joca – que, também adotados, já eram cachorros da família Guerreiro. “Estão se adaptando como um todo e virando um time de muito amor, carinho e latidos”, falou Natalia sorrindo.
Para finalizar, a professora comentou sobre a sensação de fazer a diferença na vida das pessoas e dos animais por meio da adoção. “É algo indescritível. Nesse caso nos sentimos duplamente contagiados ao fazer o bem, tanto para a pessoa que fez o anúncio da adoção do Odin, que estava super preocupada para que ele fosse amado e cuidado muito bem como era pelo seu antigo dono, mas também para o próprio Odin, que merecia demais transformar essa tristeza em alegria. Vida nova e longa ao Odin com a gente”, finalizou.
Foto: Diário do Rio Claro