O Canil da GCM (Guarda Civil Municipal) levou o Cão Doutor para mais uma instituição de Rio Claro. A última a receber a visita do cão Holly foi o Centro Dia do Idoso Padre Augusto Casagrande.
Na instituição, 50 idosos são atendidos diariamente e tiveram a oportunidade de interagir com Holly, fazendo questão de registrar o momento em muitas fotos.
O projeto Cão Doutor de Cinoterapia é realizado por integrantes do Canil da GCM Municipal de Rio Claro, e foi introduzido inicialmente nos asilos e abrigos de idosos, e Holly, que foi especificamente treinado para interagir com pessoas, ajuda no tratamento, recuperação, aprendizado e melhora o ambiente dos idosos, pessoas acamadas e crianças.
O trabalho é idealizado pelo Guarda Civil Rafael, que é médico veterinário, e explica que a Cinoterapia (que é basicamente o tratamento à base do convívio com cães), é de suma importância para auxiliar as pessoas com dificuldades físicas, sociais e emocionais, além de promover o bem-estar de forma significativa, aprimorando as funções cognitivas.
Outra entidade, o Lar Bethel foi escolhido, na época do início do projeto, em 2021, para o primeiro contato, e o guarda civil municipal Rafael, acompanhado da GCM feminino Cortes, conduziu o cão Holly e o apresentou para os 48 idosos daquela entidade.
Desde então o projeto vem sendo levado para outras instituições, inclusive de saúde, mediante agendamento prévio e articulação com a GCM e a direção desses locais.
Benefícios para os idosos
O contato entre cães e idosos é muito benéfico para pessoas com mais idade. À longo prazo, atividades e terapias com animais podem ajudar a amenizar sintomas depressivos, aumentar a socialização de alguns idosos e até mesmo incentivar a adesão a outras terapias.
É comprovado que o contato com os animais ajuda a liberar diversos hormônios do bem: endorfina, prolactina e oxitocina. Eles atuam regulando as taxas de cortisol, hormônio relacionado ao estado de alerta, o que reduz o estresse. Estudos indicam ainda que a interação homem-animal traz uma sensação de bem-estar e conforto, resultando na diminuição dos níveis de adrenalina, relacionado ao aumento da pressão arterial.
É um consenso entre os especialistas que estar com um animal de estimação aumenta a autoestima, senso de valor próprio, o estabelecimento de hábitos positivos e o interesse pelo outro. Tudo isso pode beneficiar pacientes depressivos, que apresentam problemas nessas áreas. Estudos verificaram um aumento da produção e liberação da serotonina e dopamina, hormônios responsáveis pela sensação de prazer e alegria, após 15 a 20 minutos de interação com o cão.
Ajuda no tratamento de paralisias
A “pet terapia” pode ajudar na reabilitação de pacientes de um derrame cerebral, vítimas de acidentes ou portadores de paralisia cerebral. São casos que envolvem muita fisioterapia e também uma queda de autoestima dos pacientes, portanto, a interação com os bichos pode ser fundamental para evoluir a parte motora e também atuar no aspecto emocional do paciente. As crianças com paralisia cerebral se beneficiam demais, principalmente nos aspectos cognitivos, motores e emocionais. Os cães, por exemplo, podem ser usados durante os exercícios inclusive, o que tira o foco do tratamento para a doença, e o torna uma brincadeira, mesmo para o adulto.
Foto: GCM