Além das dificuldades enfrentadas devido às restrições impostas pela pandemia, o Canil Municipal de Rio Claro também enfrenta desafios após a exoneração de cargos da Prefeitura, que afetou a verificação de denúncias de maus tratos e atendimento aos animais.
Em entrevista ao Diário do Rio Claro, Gisele Pfeifer, que atuava como diretora do departamento de Proteção Animal, conta que o cargo de diretora deixou de existir com a não aprovação da Reforma Administrativa, portanto, hoje, não existe uma direção para o departamento. Além disso, Gisele aponta que vários serviços foram prejudicados, como a verificação de denúncias de maus tratos, além do próprio atendimento aos animais. “Com a exoneração perdemos uma veterinária”, destacou.
Além desses desfalques, Gisele lembra que o canil já está sofrendo com outros problemas, causados pela quarentena. “A maior dificuldade do canil sempre é a superlotação. Muito resgate e pouca adoção. Com a epidemia, pessoas perdendo empregos, fake news sobre o Covid e os animais, temos a diminuição de adoções e possíveis abandonos de pessoas não esclarecidas com medo de que seu animal transmita o vírus para ele”, comenta.
Outro ponto ressaltado, é a proibição de eventos, que dificulta as adoções. “Não podemos fazer os eventos de adoção mensal que fazíamos, diminuindo ainda mais as possibilidades de adoções. E também com a determinação de isolamento social, diminui as visitas no canil”, disse Gisele, que informou ainda que a solução foi partir para as redes sociais do departamento como forma de apresentar os animais que aguardam adoção. Atualmente, o canil abriga cerca de 200 animais, entre cães, gatos e cavalos.
Foto: Divulgação