Na segunda noite de bate-papo com candidatos a prefeito de Rio Claro com a Uesca (União das Escolas de Samba da Cidade Azul), na quarta-feira (28), participaram Joao Guilherme Benetti Ramos (PT), Dr. Affonso Salati Filho, Heitor Tommasini (PTC) e Márcia Berbel (PSB).
Todos os candidatos responderam seis questões sobre cultura, carnaval, financiamento das agremiações e compromisso em se discutir o futuro do desfile de carnaval de Rio Claro.
Segundo João Guilherme, o Carnaval não é apenas uma atividade turística, mas também tem importância na cultura e tradição da cidade, por isso deveria estar vinculada à pasta da Cultura.
Já o médico Affonso Salati defende que o desfile de Carnaval deva ser preservado e seus aspectos culturais reforçados assim como esclarecimento da população. Ele também defendeu que as escolas tenham mais autonomia, inclusive para determinar os locais de desfile.
O candidato do PTC, Heitor Tommasini afirmou que o Carnaval pode ser fonte de divulgação das raízes históricas brasileiras, além de se comprometer com a volta do desfile de rua e do diálogo com as agremiações.
Os aspectos educativos do samba e do Carnaval foram salientados pela candidata e professora Márcia Berbel (PSB), que falou da necessidade de se garantir a autonomia financeira às escolas, realizar parcerias para projetos socioeducativos e culturais e buscar parcerias, com apoio do poder público municipal.
Para o presidente da Uesca, João Nuvens, a participação dos candidatos foi uma forma de abrir o diálogo para se reorganizar o Carnaval e manter as atividades das escolas de samba, que são antes de tudo, entidades beneficentes que apoiam os diversos trabalhos do poder público.
“As escolas envolvem comunidades, desenvolvem diversas competências e influenciam a formação do caráter de crianças e jovens por meio do respeito à tradição, ações culturais, escolas de música e dança, entre outras atividades”, disse ele.
A busca de autonomia financeira, por meio de participação em eventos, shows e festas do município foi um dos assuntos mais discutidos nas duas noites de conversas. “As escolas não querem depender da Prefeitura, ao contrário queremos apenas condições de garantir nossa autonomia”, disse Nuvens.
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