EM QUEDA
Para o mano Luciano Bonsucesso (PR), a prefeitura não está nos seus melhores dias, para usar uma frase eufemista. “É um prefeito que não escuta, individualista. Rio Claro vai afundar com esse prefeito”, disse o parlamentar na última sessão da Câmara, na segunda-feira (10). Bonsucesso se referia ao que chamou de “roubo” de seu projeto de lei que institui o código de proteção animal, que teve pedido de vistas do lorde Andre Godoy (Democratas) de mais 30 dias.
O projeto havia entrado para segunda discussão depois de um longo caminho de espera por já ter recebido pedido de vistas anterior. Visivelmente alterado, o mano teve breve discussão com o lorde. “Esse prefeito não me representa”, interrompia Bonsucesso enquanto Godoy tentava explicar acordo feito no próprio plenário sobre o tema. “Inclusive, teve apoio do senhor para que fosse criado apenas um projeto e que viesse do prefeito”, rebateu Godoy.
LA CASA DE PAPEL
Rio Claro é conhecida por seus empréstimos [ou financiamentos, como preferem chamar os românticos]. Teve ciborgue, triborgue e agora entra em pauta o La Casa de Papel. São R$ 40 milhões que começarão a ser pagos somente no início da próxima gestão. Portanto, em dois anos.O big smile Juninho dos Pães (Democratas) explicou o que será feito com os recursos em reunião com imprensa e vereadores na segunda-feira (10).
Pavimentação, saúde e Daae serão contemplados. Mas o assunto parece não ter agradado os parlamentares. Não pelo projeto em si, que realmente beneficia a cidade. Mas pela dívida que será contraída. “Temos que analisar que são duas coisas distintas. Uma coisa é a pavimentação.
Outra coisa é o endividamento de Rio Claro”, disse o enviado Pastor Anderson (MDB). A muchacha Carol Gomes (PSDB) também se posicionou contrária devido à falta de tempo para análise do projeto. O tira Seron do Proerd (Democratas), Baby Andreeta (PTB), mister Pereira (PTB) e o gentleman guy Yves Carbinatti (PPS) também apresentaram preocupação com o endividamento.
DEFESA
Ainda sobre o empréstimo, o entendido Paulo Guedes (PSDB) enfatizou a capacidade de endividamento do município de 1.71% [número altamente sugestivo, diga-se] e afirmou que o financiamento vai acrescentar 0,21% sobre o número. Vereador, fica díficil acreditar em capacidade de endividamento se dia após dia o prefeito e seus asseclas afirmam categoricamente que Rio Claro herdou uma dívida enorme e não possuem dinheiro em caixa. Digo isso, porque sou um cara endividado! E a experiência e o Ministério da Saúde já provaram que empréstimo não faz bem.
DEFASADO
O Portal Legislativo de Rio Claro – que fornece informações sobre o andamento das proposituras, projetos de leis, comissões e frequência – está desatualizado. Diferente do site da Câmara Federal, o portal do legislativo rio-clarense também não apresenta em que pé está a tramitação de proposituras dos vereadores. A transparência por aqui está parecida com o vidro do meu carro: difícil de limpar por dentro e impossível de ver de fora!
PALHAÇO
Nada mais simbólico que a diplomação do tiuzin fanfarrão Bolsonaro (PSL) ter acontecido na segunda-feira (10), data em que se comemora o Dia do Palhaço. Assunto já virou meme nas redes sociais. Triste é ver que uma função tão ímpar, importante e de relevância social seja associada com a imagem do presidente eleito.
PEQUENA VITÓRIA
Projeto que quer limitar o que professores dizem em salas de aula foi arquivado. Caso volte à pauta, terá que iniciar os trâmites novamente na próxima legislatura. Estou mais tranquilo, mas confesso ter ficado preocupado, uma vez que pessoas que sequer leram mais de três livros durante a vida toda (não vale autoajuda) estavam tentando barrar o livre pensamento de quem auxilia na construção cidadã crítica. E nem vem com esse papo de doutrinação que não cola. Até porque essa “doutrinação” elegeu Bolsonaro.
CABRIOLAS
– Política: Mesmo com toda difuldade, o cenário ainda é animador, já que os ratos são os primeiros a abandonar o navio!
– Melhor do que uma garrafa de vodka, só duas.
– Da série Fique Vivo: Enquanto você esperneia nas redes sociais, tem sempre um político mordendo a sua fatia do bolo.
– Tudo na vida passa. Só os impostos que são eternos.