PARA FRENTE
Oito novas creches atenderiam à demanda da cidade. A informação é do vereador Paulo Guedes (PSDB) e foi dada na última sessão da Câmara. O parlamentar pediu em requerimento à prefeitura a construção de pelo menos mais quatro unidades até o fim do mandato. É claro que os correligionários do governo trataram logo de fazer a defesa de Juninho da Padaria (Democratas). De acordo com eles, a atual administração disponibilizou 700 novas vagas. Um feito e tanto, senhores. Mas ficou com o tucano, que está focando na necessidade do rio-clarense. Memória é coisa para guardar em museu ou no Arquivo Público (que, aliás, é uma fonte inesgotável para aprendizado).
MULHER DE PALAVRA
A vereadora Carol Gomes (PSDB) prometeu e cumpriu. Mesmo sem falar sobre o assunto durante a sessão, apresentou Moção de Repúdio a Renato de Matteo, considerado foragido pela justiça, conforme foi divulgado no Centenário. O motivo apresentado na moção é que o homem teria lesado aposentados e pensionistas através de operações fraudulentas que podem chegar a 1,3 bilhão de reais. “Esta vereadora acredita que roubar aposentados e pensionistas é um crime covarde e faz votos que o senhor Renato volte ao Brasil e enfrente as consequências de seus atos”, justifica na Moção. Esta coluna está de olho e cobra! Mas reconhece também!
PREOCUPAÇÃO
Lei que institui o programa “Aprimoramento à cidadania e aos valores morais e sociais” nas escolas municipais, aprovada em segunda discussão e de autoria de Seron do Proerd (Democratas), quer contribuir para a valorização da família, amor à patria, a ordem e o progresso. Nessa onda de intolerância, me preocupa um programa que doutrina o amor à pátria. Coisa semelhante aconteceu na alemanha nazista. Parece pouco ou besteira a comparação. Mas as maiores atrocidades do mundo começaram com pequenas iniciativas. Torço para que o programa seja elaborado por educadores!
AFF!
Foi aprovado em primeira discussão Projeto de Lei que quer destinar assentos especiais para pessoas obesas em restaurantes e outros locais de alimentação. De autoria do vereador Adriano LaTorre (Progressistas), o projeto não especifíca o tamanho do assento (visto que existem diferentes tamanhos de cadeiras e bancos e no projeto é citado apenas que o assento deve ser o dobro do convencional), além de criar uma regra para espaço privado que dificilmente será fiscalizada, já que não há agentes fiscais suficientes para a intentona. Um desperdício de energia, visto que a prefeitura mal dá conta de fiscalizar as condições das calçadas do município (que, aliás, não possuem acesso para cadeirantes, por exemplo). Uma lei que, no mínimo, deveria ser adequada às condições reais do município. E dá para fazer: são 19 cabeças pensantes.
PSMI
Corredor da morte. Foi a sensação ao ter minha vó, uma senhora de 86 anos, esperando no corredor em uma maca no PSMI, aguardando avaliação sobre uma fratura no femur. Foram horas esperando a decisão médica se o caso seria de cirurgia ou não. E não parou por ai! Enquanto dois plantonistas (um da UPA, e um do PSMI) apontaram a necessidade da realização do procedimento cirúrgico, um terceiro decidiu, depois de dois dias de preocupação e indefinição, pela alta. Não aconteceu a cirurgia. O último médico receitou remédios de alto custo para a fraura, mas esqueceu de preencher o formulário com o CID (número que autoriza o usuário do SUS ter acesso aos medicamentos na farmácia do Cead).
Um descaso total. O problema, segundo fontes consultadas, não é exclusivo da minha vó. Ele se estende às pessoas que precisam de atendimento. A sensação da minha família foi de desolamento e a constatação de que a falta de vagas para atendimento é um dos problemas que os nobres vereadores, políticos e afins, precisam resolver. E não ficar nesse lenga lenga fazendo leis que não interessam a ninguém, ou atendem interesses escusos. Minha vó está acamada. Em casa. E o PSMI continua um corredor (literalmente) que recebe recursos da Saúde e não devolve com dignidade à população.
CABRIOLAS
– De cada nove políticos eleitos, três tem dúvidas referentes à função nos cargos. Os outros seis a desconhecem completamente.
– Se politicagem fosse flor o Brasil seria um jardim.
– A diferença entre o corrupto e o não corrupto é que o primeiro sabe o preço do segundo.
– A diferença entre o bezerro e o político é que o bezerro muge e pode virar gado.