OBSERVATÓRIO
A grande imprensa noticiou informação de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava inelegível, depois de ação na qual o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luiz Fux, teve entendimento por “inelegibilidade chapada” (evidente, notória) do pré-candidato. No entanto, conforme divulgado na sessão Antena Ligada desta edição o julgamento da candidatura do petista só será realizada depois do dia 15. Não quero defender o político que foi preso na Operação Lava Jato, mas fica a pergunta em relação aos grandes conglomerados de mídia: a matéria não se enquadra no quesito notícia falsa?
FLA X FLU
Conforme pesquisa eleitoral publicada no Centenário, mesmo preso Lula está na frente daquele que não falo o nome. O cenário mostra um Brasil dividido em duas supostas correntes que deixaram de existir quando foi derrubado o Muro de Berlin. O brasileiro procura um herói na política que vai salvar o país, mas a realidade não é essa. É preciso analisar as opções atentamente e fazer prevalecer o bom senso na frente de posições pessoais que visivelmente não contribuem para o desenvolvimento da nação. Se continuar essa disputa, muito em breve vai ter gente se estapeando devido opiniões divergentes. Lutou-se tanto pela instauração da democracia por tanto tempo. Divergências existem, mas precisam ser toleradas. Caso não saibam, faço as honras: bem vindos a democracia!
UTOPIA?
O candidato ao governo do Estado de São Paulo, Cláudio Fernando de Aguiar (PMN), esteve na redação do Diário do Rio Claro onde falou sobre seus projetos. Carga tributária e diminuição dos cerca de 40 mil cargos comissionados norteiam seu discurso. É claro que o enxugamento da máquina pública é sempre um discurso interessante, mas na atual conjuntura, candidato, qual a chance de governar sem perseguição, se não houver o loteamento destes cargos?
ESPERANÇA 1
De acordo com o G1, pesquisa do Ibope mostra que 40% dos brasileiros não tem interesse pelas eleições, mas que 69% concordam que o voto é importante. O levantamento apresenta um cenário bastante claro: o brasileiro comum, trabalhador, que paga seus impostos em dia não vê resultados práticos na escolha deste ou daquele político. A escola que o filho estuda continua de má qualidade, as estradas que trafegam são caras e sem condições de rodagem, sem contar a falta de emprego que assola o país. Ou seja, o retorno não vem. Daí o desinteresse. O segundo número aponta ainda para a esperança, já que todos acreditam que a situação pode melhorar. O ditado diz que a esperança é a última que morre, mas cuidado, ela morre!
ESPERANÇA 2
A pré-candidata a deputada federal pelo PMN, Rosemeire Archangelo tem boas propostas para a educação. Ela defende a educação com paixão de professora e educadora. Tive oportunidade de conversar com a postulante e é visível seu entusiasmo com a possibilidade de promover a mudança. Em sua segunda disputa eleitoral, minha única preocupação é seu entusiasmo se perder no meio do processo, que é desgastante e moroso. E claro, os acordos que fatalmente podem acontecer.
DE NOVO
Vou novamente comentar, pois acredito que a questão da segurança é fundamental para sociedade. Mas não é possível candidato querer revisar legislação penal, sem pensar no contexto geral da situação. E pior ainda, não é lógico querer combater um problema que surge como resultado de uma série de questões, sobretudo, sociais. Antes de tudo, é preciso garantir educação de qualidade, cultura e emprego – pilares do desenvolvimento. E não sou eu quem digo. Experiências ao redor do mundo continuam apresentando os melhores resultados. Pensem nisso!
INSISTINDO NO ERRO
No geral, a situação lembra muito um trecho de uma música que diz: “Se eu soubesse antes o que sei agora. Erraria tudo exatamente igual”.
CABRIOLAS
– Não cutuque o leão com vara curta. Certifique-se de que a vara tenha no mínimo 3 metros.
– Em minha infância a geopolítica mundial era bipolar. Hoje, as pessoas é quem são.
– Três a cada quatro cargos de confiança são ofertados a parentes próximos. O outro, a um parente distante.
– Pior que o período de eleição, só os quatro anos seguintes.