A tensão que tomou conta dos municípios após a violência ocorrida no último dia 5, em Blumenau, onde um homem armado com uma machadinha invadiu uma creche e matou quatro crianças, ecoa na Câmara de Rio Claro.
Os secretários municipais Rogério Guedes (Segurança e Defesa Civil) e Valéria Veira Velis (Educação) estiveram no Legislativo para prestar esclarecimentos sobre as providências tomadas em Rio Claro desde o ocorrido em Blumenau.
A reunião realizada pela Comissão de Administração Pública da Câmara Municipal foi presidida por Hernani Leonhardt (MDB). Na mesa principal também estiveram os vereadores Serginho Carnevale (União Brasil) e Alessandro de Almeida (Podemos).
Vereadores perguntaram quais medidas já foram colocadas em prática para que Rio Claro não registre fatos lamentáveis, no ambiente escolar, como os fatos que proliferam pelo país.
Secretários municipais estiveram na Câmara prestando esclarecimentos aos vereadores.
Secretários municipais informaram que os 65 prédios de escolas públicas do município já contam, desde a última segunda-feira (10), com 800 câmeras funcionando e o botão do pânico para ser acionado em caso de emergência integrados a Central de Monitoramento da Guarda Civil Municipal.
Rogério Guedes confirmou que Rio Claro conta atualmente com seis viaturas, incluindo as duas exclusivas para a ronda escolar. Confirmou que a prefeitura liberou horas extras para que os vigilantes patrimoniais possam dar maior cobertura nas escolas.
Dos 65 prédios públicos, Rogério Guedes também confirmou que no momento a prefeitura consegue dar cobertura em 47 pontos por meio da Vigilância Patrimonial (36 escolas) e contratação de empresa terceirizada (11 escolas). O secretário de Segurança admitiu que hoje há escolas sem cobertura e que nestes pontos as rondas da Guarda Civil Municipal são prioridades.
Ainda sobre patrulhamento preventivo, Rogério Guedes informou que o trabalho da Guarda Civil não se limita às escolas municipais. Ele destacou, também, que cabe à guarda dar segurança nas imediações das escolas estaduais e particulares também.
A secretária de Educação, Valéria Velis assinalou que neste momento de pânico é preciso adotar medidas que vão além da proteção da integridade física das pessoas. Ela defende ação conjunta envolvendo professores, funcionários e pais para que o município possa criar uma rede de proteção maior. Nesta rota, Valéria salienta que muitos alunos apresentam comportamentos inadequados dentro das escolas ou em casa antes que a violência seja cometida.
A Câmara Municipal também cobrou que as medidas colocadas em prática sejam amplamente divulgadas para que pais e responsáveis possam ter conhecimento das ações.
Também participaram da reunião o chefe de Gabinete do Executivo, Otávio Ferreira Balbão Junior e os vereadores Diego Gonzalez (PSD), Irander Augusto (Republicanos), Val Demarchi (União Brasil), Sivaldo Faísca (União Brasil), Moisés Marques (Progressistas), Geraldo Voluntário (MDB), Carol Gomes (Cidadania), Adriano La Torre (Progressistas), Rodrigo Guedes (União Brasil), além de assessores dos demais parlamentares.
No encerramento, secretários municipais confirmaram que a prefeitura está tomando providências para que Rio Claro possa também disponibilizar detectores de metais para a utilização nas escolas. Na parte final da reunião, a Câmara abriu espaço para que representantes da comunidade pudessem se manifestar.
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