Funcionários capacitados, equipamentos de última geração e investimento em jazidas. O tripé serve para explicar por que a Calcário Diamante, fundada em 1975 pelo rio-clarense Antônio Vitti, é hoje considerada a maior empresa do setor no Estado de São Paulo.
Porém, o sucesso do empreendedorismo resulta de décadas anteriores, conforme explica Antônio Cláudio Vitti, filho de Antônio e neto de Amadeu Vitti, que deu origem à empresa e é considerado um dos pioneiros na produção de calcário agrícola no Brasil.
“Tudo começou na década de 50, quando meu avô era agricultor e mantinha um pequeno sítio no distrito de Assistência. Certa vez, um vizinho o alertou de que ele poderia vender pedras extraídas daquela formação geológica que predominava no local”, explica.
E foi como tudo começou. Com ajuda do jovem filho Antônio, na época com cerca de 18 anos (mas que trabalhava na lavoura desde menino), ele começou a extrair as pedras calcárias e a transportá-las com auxílio de uma carroça.
Essa imagem está perpetuada em uma das fotos existentes na sede da empresa, hoje localizada no município de Tietê.
Dos idos 1950 até então, muita coisa aconteceu. Em pouco tempo, a velha carroça foi trocada pelo primeiro trator, e a empresa ganhou também sua primeira razão social – José Vitti e Irmãos -, funcionando próximo ao trevo de Rio Claro com a via Washington Luiz, onde atualmente está situada a Faculdade Anhanguera.
Ainda nesse percurso, a família também fundou uma empresa de calcário em Goiás, no início dos anos 80, paralelamente à administração de uma fazenda de soja.
“A exploração do calcário naquele Estado trouxe um grande desenvolvimento à agricultura, uma vez que o solo era muito ácido e impróprio para o cultivo”, explica Vitti, informando que hoje quem impulsiona os negócios em Goiás é seu primo, o Deputado Estadual José Antônio Vitti.
Com o falecimento de seu pai no ano passado, Antônio Cláudio e seu irmão Fábio assumiram a administração da empresa.
Sem perder de vista sua estrutura familiar (tanto que a quarta geração já começa a dar os primeiros passos para se inteirar dos negócios), Antônio Cláudio diz que o investimento tem que ser constante. “Corpo técnico, pesquisa e área de reserva também são fundamentais no nosso segmento”, destaca.
Ao todo, são cerca de 70 funcionários, incluindo o corpo técnico composto por engenheiros de minas, civil e agrônomo, florestal e química, além de geólogo.
Manutenção preventiva – Uma equipe própria também realiza na oficina local a manutenção preventiva dos equipamentos, evitando o desgaste precoce de máquinas.
Também nesse aspecto o cuidado é tanto que a Diamante foi recentemente notícia no jornal interno da indústria Caterpilar, que descobriu que a mineradora ainda mantém em franca atividade um trator Cat® D9, adquirido há quase 50 anos.
“Aqui, cuidamos de tudo com muito carinho, e esse trator talvez reflita de forma especial essa retribuição traduzida em sucesso que temos por parte de nossa equipe – e por que não dizer? – também de nossos equipamentos”, finaliza Antônio Cláudio.