A praça denominada “Dr. Godofredo Pignataro Jr.” fica na Rua 6, entre avenidas 33 e 35, no bairro Cidade Jardim, onde deveria estar o busto do conceituado médico rio-clarense. Porém, o local está vazio, fato constatado pelo Perito Judicial em Arqueologia e Documentação Histórica, Anselmo Ap. Selingardi Jr. Equipe do Diário foi até o local e constatou que além do busto, a placa que dava denominação ao local também não existe mais.
Conforme o historiador, a Praça, de quadra inteira, possuía a figura do médico em bronze, autoria do escultor Vilmo Rosada. Foi assim nomeada pela Câmara Municipal (autoria do então Prefeito Oreste Armando Giovanni), em homenagem aos relevantes serviços prestados à medicina rioclarense. Seus pais foram o Dr. Goffredo Pignataro (natural da Itália, Trecchina, renomado médico, aqui radicado, carinhosamente chamado “pai dos pobres”, um dos fundadores do Hospital Umberto Primo, em São Paulo.
Dr. Godofredo Pignataro Jr. foi pessoa de destaque em Rio Claro, eleito vereador no quatriênio de 1948 a 1951. Fundou, juntamente com o Dr. Mário Fittipaldi, o antigo Hospital e Maternidade Santana, incrementando sobremaneira o desenvolvimento social e econômico do bairro (posteriormente, Hospital Evangélico, pertencente à Fundação “Joaquim Ribeiro dos Santos”, atual Hospital UNIMED – Unidade II).
Segundo o perito Anselmo Selingardi, esta não foi a primeira vez que o busto foi subtraído. Em um passado recente, foi levado, depois localizado e colocado novamente no local. A praça abriga um Monumento alusivo ao Hino de Rio Claro.
FURTOS – Não é apenas nesta praça que o vandalismo e o crime foram constatados. Recentemente, o Diário do Rio Claro trouxe matéria relatando sobre o furto do busto do jornalista Major José David Teixeira, inaugurado em 1956, em praça do bairro Consolação, que recebeu o nome do fundador do Diário do Rio Claro. O jornalista Major José David Teixeira faleceu em 16 de março de 1934, sendo homenageado anos depois pela Câmara Municipal, através da lei 442, de 27 de agosto de 1956, que denominou o local. Porém, ao passar pelo jardim, que fica em frente ao Cemitério Municipal, a escultura já não é mais vista há muito tempo. A obra também foi esculpida por Vilmo Rosada, em 1943. Neste caso, ainda não foi localizada.
Outros furtos e vandalismo de monumentos históricos de Rio Claro também foram registrados nos últimos anos. Entre eles, o busto do patrono da Escola Estadual Joaquim Ribeiro, obra de Vilmo Rosada, que ocorreu em 16 de abril deste ano. Outro item produto de furto foi o busto de Ulysses Guimarães, que ficava na Praça da Liberdade. Nova peça foi colocada no local para substituir a homenagem. A estátua da Diana – A Caçadora, na praça Central, também foi alvo da ação de criminosos. O objeto foi substituído e, em seguida, foi alvo de vândalos. Segue à espera de recursos para que seja restaurada.
Sobre o vandalismo em patrimônio público, uma enquete feita pelo Diário do Rio Claro na página do Facebook mostrou que 57% dos leitores são favoráveis à colocação de cerca no entorno de obras de patrimônio público histórico, a exemplo do que foi feito há anos no Anjo da Concórdia, que fica no Jardim Público. Outros 44% são contrários à medida, mesmo diante dos constantes atos de vandalismo.