A BRK, concessionária responsável pelos serviços de esgotamento sanitário em Rio Claro, realizou na quarta-feira, dia 6, a ação de conscientização “Lixo Zero na Rede” para um público de 32 idosos e funcionários do Centro Dia do Idoso “Padre Augusto Casagrande”. A iniciativa promove palestras em instituições de ensino, empresas e entidades assistenciais.
A atividade tem por objetivo explicar sobre o funcionamento do sistema de esgotamento sanitário do município e orientar a população sobre as possíveis consequências do descarte irregular de resíduos na rede coletora de esgoto. Além disso, visa esclarecer a importância de não conectar as tubulações de águas pluviais (de chuva) às redes de esgoto.
“Percebemos um aumento preocupante nos casos de entupimentos e extravasamentos nas tubulações de esgoto, especialmente nos banheiros frequentados pelos nossos idosos. Muitas vezes, essas situações são desencadeadas pelo descarte inadequado de resíduos, como papel higiênico, no vaso sanitário. A palestra foi importante para conscientizar nossos idosos sobre a importância de práticas ambientalmente responsáveis”, afirma a assistente social do Centro Dia do Idoso, Emília Lourenço de Freitas.
As redes de esgoto e as galerias de águas pluviais são sistemas independentes e seguem por caminhos distintos. A água da chuva precisa ser direcionada às galerias de águas pluviais. Já o esgoto deve ser conectado às redes coletoras específicas para que possa ser direcionado às estações de tratamento, pois precisa ser tratado antes de ser devolvido aos rios da cidade.
Ligações irregulares de água de chuva
Além dos resíduos sólidos (lixo), outro grande vilão para o bom funcionamento do sistema de esgotamento sanitário é justamente a água de chuva, ou seja, a mistura indevida e irregular dessa água com o esgoto. Isso ocorre a partir da interligação da rede de água pluvial à de esgoto.
Essa ligação irregular causa o transbordamento dos poços de visita (local de acesso às tubulações de esgoto) e, consequentemente, aumenta a possibilidade de retorno de esgoto nas ruas e nos imóveis, uma vez que a tubulação é dimensionada para efluentes sanitários apenas.
Para Cecilia Rachel Moreno Picolin, participar da palestra foi uma experiência enriquecedora. “Aprendi coisas novas sobre o impacto do descarte inadequado de resíduos nas tubulações de esgoto e, mais importante ainda, percebi como pequenas mudanças em nossos hábitos diários podem fazer toda a diferença. Juntos, podemos criar uma rede de consciência e cuidado, reforçando que o lugar do lixo é no lixo”, afirma.
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