Na noite de quinta-feira (31), por volta das 20 horas, a viatura da Guarda Civil Municipal 41742, com os guardas Guerino e Acorsi, foi acionada a comparecer na Rua 1-A, no Centro de Rio Claro, onde, segundo informações, um desentendimento entre vizinhos teria motivado o uso de arma de fogo.
No local, a vítima, um homem de 63 anos, informou que após ter tido um desentendimento com seu vizinho, de 61 anos, ele teria efetuado dois disparos de arma de fogo, sendo um deles em sua direção, que não o atingiu, e o outro disparo acabou por atingir o portão da vítima.
Os GCM’s localizaram dois cartuchos deflagrados em frente à residência da vítima. A filha do autor dos disparos também fez contato com os guardas, que adentraram à residência e tiveram acesso à pistola, uma Bereta calibre 635, municiada com seis cartuchos intactos e com numeração aparente.
O autor dos tiros negou que tivesse efetuado os disparos, porém, relatou que tem intenção de regularizar a arma. Diante dos fatos, o homem recebeu voz de prisão e foi recolhido à Cadeia Pública.
MORTE
No último domingo (27), desentendimento entre vizinhos resultou na morte do comerciante Luiz Aparecido Seneme, de 58 anos. Ele foi morto a tiros em sua casa, que fica na Rua 23, no bairro do Estádio. Segundo vizinhos, o autor dos disparos tinha um histórico de brigas na vizinhança.
CONVIVÊNCIA ENTRE VIZINHOS
Brigas entre vizinhos fazem parte das ocorrências que a polícia chama de desinteligência. Ou seja, desentendimento entre pessoas, família, frequentadores de bar, motoristas e vizinhos. Fatores como o estresse cotidiano, a falta de paciência e o temperamento explosivo resultam até mesmo em tragédias.
Segundo a psicóloga Valderez Guilherme Marques, muitas vezes as brigas começam com pequenas implicâncias, cismas que começam a aumentar ao ponto de, inclusive, chegar a atos violentos, como tirar a vida. “É muito importante começarmos a pensar que somos seres humanos e que, assim como nosso vizinho, queremos ser respeitados.
Por isso, é preciso amenizar um pouco, pensar em coisas melhores e não incitar essas cismas, que acabamos trazendo devido às pressões do dia a dia. Deste modo, é muito importante começar a pensar em viver de uma forma mais amena, mais tranquila, com menos angústia, com menos ansiedade e pensar lá na frente, se questionar sobre a vida que está criando para si.
E isso não somente com os vizinhos, mas com professor em sala de aula, com a esposa, marido e filhos. Precisamos criar essa paz, não adianta esperar isso do outro, exigir isso do outro, pois pode piorar a situação e levar a atos que não são do seu feitio. Então, vamos criar uma situação em que seres humanos precisam relevar as situações e ter um pouco mais de paciência, tolerância”, declara.