O Brasil tem 50% de chances de ter uma piloto na Academia da Ferrari. Na última quarta-feira, foram conhecidas as quatro finalistas do programa FIA Girls on Track – Rising Stars.
Elas estavam entre as oito semifinalistas, que nesta última fase do camp tiveram que mostrar serviço em um carro da Fórmula 4, porta de entrada dos monopostos para quem sai dos karts, no Circuito de Paul Ricard, de 3,8 quilômetros.
“Esta foi outra avaliação incrivelmente difícil para as pilotos, algumas das quais estiveram em um carro da Fórmula 4 pela primeira vez. Foi uma curva de aprendizado íngreme para elas”, disse Michèle Mouton, presidente da Comissão de Mulheres no Automobilismo da FIA. “Vimos um nível muito alto de determinação e foco, e os resultados têm sido cheios de surpresas.”
A partir de agora, elas se dirigirem à Ferrari Driver Academy para cinco dias de avaliação e tempo de pista de Fórmula 4 no circuito de Fiorano, de 9 a 13 de novembro. No final deste curso, apenas uma poderá receber um contrato de um ano para ingressar na Ferrari Driver Academy para uma temporada de Fórmula 4 da FIA em 2021.
A vencedora do programa será anunciada em dezembro e assinará um contrato com a Academia de Pilotos da Ferrari para correr na F4 em 2021.
“É uma honra estar aqui entre tantas mulheres talentosas e ter passado por tantas fases até chegar aqui. Eram 70 mulheres, então ter chegado até a final já é uma grande conquista. Vamos com tudo para alcançar essa vaga”, diz Júlia.
Única brasileira a disputar o Mundial de Kart em 2019, na Finlândia, Júlia começou no kart em 2016 e tem sua carreira administrada por Gastão Fráguas, brasileiro campeão mundial de kart.
Foto: Morgan Mathurin/RF1