Brasil: intolerância e segregação
A segregação racial no Brasil acontece devido ao preconceito a grupos sociais possuidores de determinadas características físicas, raça, religião, etnia e até mesmo por morar nas periferias, o que automaticamente os ligam à marginalização. Ao meu ver, um dos maiores preconceitos enfrentados no Brasil é, com certeza, a própria segregação racial.
Podemos utilizar diversos exemplos do cotidiano de um brasileiro como o fato de jovens negros, de periferia, que estão entrando para o mercado de trabalho e são um ótimo exemplo. Pela criminalização nas favelas e pelo preconceito por sua cor, estes cidadãos dificilmente são levados a sério e, em entrevistas de emprego, podem facilmente receber perguntas preconceituosas como antecedentes criminais, falta de estudo e dependências químicas.
Além disso, um dos reflexos desta segregação é o preconceito religioso, pois alguns grupos sociais sofrem muito por conta de suas crenças e suas práticas. A intolerância religiosa também pode ser associada ao racismo, pois o preconceito de sua crença, em grande parte, é contra fieis das religiões africanas.
Este fato é comprovado pelos números. O site Brasil Escola evidencia que o Ministério dos Direitos Humanos ressalta que, entre 2015 e 2017, houve uma denúncia de intolerância religiosa a cada 15 horas no Brasil. Além disso, 25% de todos os agressores são identificados como brancos e 9% das ocorrências dizem respeito a atos praticados dentro de casa.
A maior parte das vítimas de intolerância é composta por adeptos de religiões de matriz africana. Os católicos (64,4% dos brasileiros) registram 1,8% das denúncias de intolerância e os protestantes (22,2% da população) registram 3,8% das denúncias. Ao mesmo tempo, os adeptos de religiões de matriz africana (candomblé, umbanda e outras denominações) que, juntos, representam 1,6% da população brasileira, também representam cerca de 25% das denunciantes de crimes de ódio e intolerância religiosa.
Como podemos ver, os reflexos da segregação e a intolerância religiosa, objetos deste pequeno texto, também estão ligados aos preconceitos religiosos, por exemplo, com diversos casos de desrespeitos a várias religiões e diversos casos públicos foram registrados, como os dos últimos carnavais, oportunidade em que assistimos escolas de samba utilizando imagem de santos em meio a sexualização, um grande insulto às igrejas.
Texto escrito pela aluna Julia Jesus, sob curadoria de Rafael Cristofoletti Girro, aluno da Escola Estadual Marciano de Toledo Piza, de Yasmin dos Santos Rosseti, de Beatriz Ribeiro Fausto de Jesus e de Vitória Ribeiro todas alunas da Escola Estadual Zita de Godoy Camargo todos pertencente à Rede Camões de jornais escolares. O texto tem caráter pedagógico.