UE analisa vacina contra Covid-19 da Pfizer-BioNTech em tempo real
A agência reguladora de saúde europeia está analisando uma vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Pfizer e pela BioNTech em tempo real, dias depois de iniciar um processo de avaliação semelhante da vacina da AstraZeneca.
A Agência Europeia de Remédios (EMA) disse nessa terça-feira (6) que seu comitê de remédios para humanos está avaliando o primeiro lote de dados sobre a vacina, e que continuará a fazê-lo até que surjam dados suficientes para uma decisão final.
Pfizer e BioNTech disseram, em um comunicado conjunto, que o início da avaliação se baseia em dados de laboratório e de testes com animais, além de testes iniciais como humanos, e que continuam conversando para enviar dados à medida que eles surgem.
A EMA está usando “revisões contínuas” para acelerar as avaliações de vacinas durante a pandemia, estudando dados à medida que são apresentados, ao invés de esperar que todos os informes sejam disponibilizados juntamente com uma solicitação formal.
Na semana passada, a agência começou a avaliar a vacina da AstraZeneca e da Universidade de Oxford, batizada de AZD1222 ou ChAdOx1 nCoV-19, o que aumenta as chances de a vacina britânica se tornar a primeira a ser aprovada na região para o combate à doença, que já matou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo.
Enquanto a AZD1222 usa uma versão atenuada de um vírus de gripe de chimpanzé comum para criar imunidade contra a covid-19, a vacina da Pfizer e da BioNTech, chamada BNT162b2, usa ácido ribonucleico, um mensageiro químico que contém instruções para a fabricação de proteínas.
Quando injetada em humanos, a BNT162b2 instrui as células a fabricarem proteínas que imitam a superfície exterior do novo coronavírus, que o corpo reconhece como um invasor, preparando uma reação imunológica. Atualmente, a vacina da Pfizer está sendo avaliada em estudos de estágio avançado nos Estados Unidos, Brasil, África do Sul e Argentina.
Testes clínicos com BCG contra covid-19 vão durar até 12 meses
Os testes clínicos para verificar a eficácia da vacina BCG, usada contra a tuberculose, no combate ao coronavírus Sars-CoV-2, causador da covid-19, devem durar entre seis e 12 meses, disse hoje (5) a coordenadora da pesquisa, Fernanda Mello, professora de Tisiologia e Pneumologia do Instituto de Doenças do Tórax da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A cientista detalhou que os 1 mil profissionais de saúde voluntários que participarão da pesquisa devem ser recrutados nos próximos dois meses.
A hipótese que a equipe de pesquisadores busca confirmar é a de que a BCG estimula o sistema imunológico a se defender contra a covid-19, evitando a infecção ou o desenvolvimento de quadros mais graves da doença.
A suspeita surgiu quando foram comparados dados epidemiológicos de países que aplicam a BCG em seus calendários vacinais para prevenir a tuberculose, principalmente na América do Sul, África e Ásia, com os de países que suspenderam esse tipo de vacinação, como Estados Unidos, Espanha e Itália.
Butantan faz 500 testagens por dia de covid-19 em São Paulo
O Instituto Butantan está realizando testes de covid-19 em formato drive thru no estacionamento do Shopping D, na região da Armênia, zona norte de São Paulo. O acesso em carros de passeio pode ser feito pela Avenida Cruzeiro do Sul 1.100.
O atendimento é limitado a 500 testes por dia. Os interessados devem comparecer ao local das 8h às 17h. A ação vai até o próximo sábado (10).
Os testes são do tipo RT-PCR, que coleta material do nariz e da garganta e identifica se a pessoa está infectada com o vírus. A iniciativa é voltada para pessoas assintomáticas. Os resultados serão enviados por e-mail.
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