Reino Unido espera receber 10 milhões de doses de vacina este ano
O Reino Unido espera receber 10 milhões de doses da candidata a vacina contra covid-19 da Pfizer/BioNTech até o final deste ano se as agências reguladoras a aprovarem, disse o porta-voz do primeiro-ministro, Boris Johnson, nessa segunda-feira (9), na esteira de resultados positivos de testes clínicos.
O porta-voz informou que o país já encomendou 40 milhões de doses da candidata a vacina desenvolvida pela Pfizer e pela BioNTech, uma das seis com as quais o governo firmou acordos de suprimento.
Também nesta segunda-feira, a Pfizer disse que sua vacina experimental contra covid-19 é mais de 90% eficiente, uma grande vitória na luta contra a pandemia que já matou mais de 1 milhão de pessoas, assolou a economia mundial e transtornou a vida cotidiana.
“No total, adquirimos 40 milhões de doses da candidata a vacina da Pfizer, e 10 milhões destas estão sendo fabricadas e estarão disponíveis ao Reino Unido até o final do ano, se a vacina for aprovada pelas agências reguladoras”, disse o porta-voz.
Governo de SP inicia as obras da fábrica que produzirá Coronavac no Brasil
O Governador João Doria esteve nessa segunda-feira (9) no Instituto Butantan para acompanhar o início das obras da nova fábrica da vacina Coronavac. Com capacidade de produção de 100 milhões de doses por ano, a planta será construída com doações da iniciativa privada realizadas durante as reuniões do Comitê Empresarial Solidário e Econômico.
A nova fábrica do Butantan terá cerca de 10 mil m² e além de produzir as doses da vacina contra a Covid-19, poderá produzir outros imunizantes fabricados no Instituto Butantan.
A previsão de conclusão das obras é de até 10 meses, com um custo de R$ 160 milhões. Já foram arrecadados até o momento R$ 130 milhões com doações de 24 empresas dos mais diversos setores da economia. As doações estão sendo coordenadas pela organização social Comunitas, com o apoio da Invest-SP.
“A construção desta nova fábrica é um passo muito importante no enfrentamento da pandemia no Brasil e no mundo e consolida o Instituto Butantan como uma liderança mundial em desenvolvimento e inovação tecnológica na área da saúde” destacou o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.
A Coronavac, desenvolvida pela parceria do Instituto Butantan com a farmacêutica chinesa Sinovac Life Science, está em fase final de testes clínicos, que quando finalizados serão submetidos para aprovação e registro da Anvisa. Somente após essas aprovações, as doses serão disponibilizadas para a aplicação.
Doses
Após autorização da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária e das Autoridades Sanitárias da China, o Instituto Butantan receberá as primeiras 120 mil doses da Coronavac com chegada prevista para o dia 20 de novembro no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
A matéria-prima será transportada em bolsas de 200 litros dispostas em containers refrigerados, já que a Coronavac não necessita de temperaturas negativas para seu armazenamento.
Até dezembro de 2020, o Instituto Butantan receberá 46 milhões de doses da Coronavac, sendo 6 milhões de doses da vacina já prontas para aplicação e outras 40 milhões que serão formuladas e envasadas em fábrica própria do Instituto. Outras 15 milhões de doses devem chegar até fevereiro de 2021.
O transporte da matéria-prima usada na vacina será feito por aviões fretados e comerciais para transportar a carga da China até o Brasil.
Estudos clínicos
Em fase final de estudos clínicos no Brasil, a Coronavac é considerada uma das vacinas mais promissoras no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), e vem sendo testada em sete estados brasileiros, além do Distrito Federal.
Coordenado pelo Instituto Butantan, os testes envolvem 13 mil profissionais de saúde em centros de pesquisa de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Até o momento, mais de 10 mil pessoas já receberam ao menos uma das duas doses da vacina ou placebo.
Assim que os estudos clínicos comprovarem os índices de segurança e eficácia, a Coronavac será submetida ao devido registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para, somente depois, ser distribuída para a vacinação da população.
Pfizer e BioNTech dizem que sua vacina contra covid-19 é 90% eficaz
A Pfizer disse nessa segunda-feira (9) que sua vacina experimental contra a covid-19 mostrou ser 90% eficaz na prevenção da doença, com base em dados iniciais de um estudo amplo, numa grande vitória na luta contra a pandemia que matou mais de 1 milhão de pessoas, abalou a economia global e causou impacto no cotidiano das pessoas.
A Pfizer e sua parceira alemã BioNTech são as primeiras farmacêuticas a anunciarem dados bem-sucedidos de um ensaio clínico em larga escala com uma potencial vacina contra o novo coronavírus. As empresas disseram que, até o momento, não encontraram nenhuma preocupação de segurança com a candidata a imunizante e que esperam pedir autorização para uso emergencial da vacina nos Estados Unidos (EUA) neste mês.
Se obtiver a autorização, o número de doses da vacina será limitado inicialmente. Uma das questões pendentes é por quanto tempo a vacina fornecerá proteção. No entanto, a notícia divulgada dá esperanças de que outras vacinas em desenvolvimento contra o novo coronavírus também possam se mostrar eficazes.
Foto: Governo do Estado de São Paulo