Bilhetes de um tempo
[ÚLTIMOS BILHETES]
Aqui ficam os meus últimos bilhetes.
E transcrevo aqui dois poemas dedicados àqueles que muito se dedicaram a mim:
Minha mãe
Minha mãe
Aquela que me ama
Mais a mim
Que a ela mesma.
Minha mãe:
A que me deu a vida
E a força,
A coragem e a fé.
Gritou luta.
Bebeu de meu desespero.
Comeu de minha derrota.
Orou por mim.
Acreditou em meus passos.
Anteviu a vitória.
E fui vencedor.
Com mérito.
Com os méritos
De minha mãe.
Meu Pai
Meu pai:
aquele que me acompanhou
Em silêncio;
Que viu minha campanha,
Em silêncio:
Que viveu minha incerteza,
Em silêncio.
Aquele que interrompeu
Seu silêncio
Para gritar nossa vitória.
Aos meus pais, essa singela homenagem. Jamais poderei agradecer-lhes por tudo o que fizeram por mim. Eles, que se sacrificaram incondicionalmente.
De outros fatos, emitirei novos bilhetes se a tanto a minha memória me permitir lembrar.
Obrigado pela paciência.
AGRADECIMENTO
Minha cara Vivian, tenho poucas palavras pra dizer a você.
Começo dizendo, até as pedras se encontram.
E nós nos encontramos.
Você, dirigindo um jornal histórico de Rio Claro e eu compondo bilhetes do meu passado.
Não tive abertura simples. Essa publicação me foi ignorada.
Sem problema.
Mas precisei recorrer a Maria Clara, madrinha de minha filha Rachel (o meu outro filho é o João Lucas) que recorreu ao Jaime Leitão, amigo de longa data, que recorreu a você. As pedras se encontraram.
Obrigado por essa oportunidade única, negada pelo vizinho, em que eu pude expor os meus “Bilhetes de um tempo”.
Obrigado por você me permitir ter voz.
Espero que outro espaço me seja concedido, se tanto você puder isso me conceder.
Obrigado, Vivian.
Respeitosamente, Virgílio.