Fora da principal categoria do automobilismo nacional desde 2014, Brasília deu mais um passo na relação com os organizadores do evento para voltar ao calendário. O Banco de Brasília (BRB) e a Vicar, promotora da Stock Car e Stock Car Light, assinaram contrato de patrocínio de R$ 7 milhões.
O presidente da instituição financeira estatal, Paulo Henrique Costa, e os executivos da categoria, Fernando Julianelli e Sérgio de Figueiredo Silveira Filho fecharam o acordo com vigência de 700 dias.
O BRB financiará a reforma do autódromo Internacional Nelson Piquet com a intenção de devolver a capital do país ao evento. Há intenção, ainda, de abrigar etapa do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade e a Copa Truck. O circuito de Brasília está fechado desde 2014 à espera de reforma e da concessão do espaço à iniciativa privada. Atualmente, recebe um dos hospitais de campanha do Distrito Federal.
A ideia original era reformar o autódromo para receber uma corrida neste ano. Com o agravamento da pandemia em Brasília e no Brasil, o projeto será adiado para 2022. A reforma é um das promessas de campanha do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, cujo mandato expira no fim do ano que vem.
O circo da Stock Car não desembarca em Brasília há seis anos. A última vez foi em 27 de abril de 2014. Naquela temporada, o autódromo recebeu duas etapas da competição no mesmo dia. Átila Abreu venceu a primeira e Thiago Camilo triunfou na segunda prova.
Em meio a articulação para a volta da Stock Car a Brasília, o desafio do GDF é colocar o autódromo em funcionamento. O espaço só tem sido aberto para treinamentos técnicos solicitados por órgãos de justiça e segurança do Distrito Federal. Agora, abriga um dos três hospitais de campanha. A Secretaria de Esportes tem sido responsável pelas autorizações.
No ano passado, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, cancelou o edital da parceria público-privada do autódromo. Elaborado na gestão do antecessor, Rodrigo Rollemberg, o texto previa concessão por 35 anos à empresa ou consórcio vencedor. As regras do jogo foram criticadas pelo Tribunal de Contas do DF. A licitação previa contrato de R$ R$ 73.176.202,26. Do total, R$ 38,8 milhões para reformas – R$ 24,8 milhões com investimentos da iniciativa privada. A reabertura do autódromo é uma promessa de campanha de Ibaneis Rocha reforçada na cerimônia de transferência da administração do Mané Garrincha à Arena BSB, no início do ano passado.
“O que importa é colocar o autódromo em funcionamento. Existe interesse das grandes corridas em virem pro DF, e quem assumir a concessão vai negociar com as empresas”, disse o governador Ibaneis Rocha no ano passado.
Por E. Cortez / Foto: Ed Alves/CB/D.A Press