Devido a situação de escassez hídrica por conta da forte estiagem parte do abastecimento do município de Rio Claro precisará ser operado por sistema de rodízio. A medida é necessária, pois se trata de uma das piores estiagens em 90 anos, com chuvas muito abaixo da média histórica.
A partir deste sábado (12), a Estação de Tratamento de Água (ETA) 1, que abastece 40% da cidade, será diariamente desligada em horários alternados. A partir deste sábado (12), a ETA 1 terá a seguinte dinâmica de operação: da meia-noite às 5 horas – ETA 1 parada; das 5 às 9 horas – ETA 1 ligada; das 9 às 15 horas – ETA 1 parada; das 15 às 22 horas – ETA 1 ligada; e das 22 horas à meia-noite – ETA 1 parada. Os bairros afetados podem ser consultados no site do Daae: https://daaerioclaro.sp.gov.br/ e da prefeitura: www.rioclaro.sp.gov.br.
Esse sistema de rodízio será realizado por tempo indeterminado, até que o nível do Ribeirão Claro seja recuperado. Isso pode ocasionar casos pontuais de água escura. De acordo com o departamento técnico do Daae, por enquanto os bairros abastecidos pela ETA 2 não entrarão no rodízio, mas esta possibilidade não está descartada para os próximos dias.
O Ribeirão Claro, vinculado à ETA 1, opera atualmente com 18% do seu volume total e o rio Corumbataí, vinculado à ETA 2, responsável pelo abastecimento de 60% dos bairros, está com 40% do nível normal. “Estamos enfrentando uma das piores estiagens da história e não há previsão de chuvas para os próximos dias, por isso precisamos implementar o rodízio no abastecimento em parte da cidade”, explica o superintendente do Daae, Sergio Ferreira.
Diante deste cenário, na quarta-feira (9), a prefeitura e o Daae de Rio Claro publicaram dois decretos no Diário Oficial do Município. Um que estabelece multa para quem for flagrado desperdiçando água, em ações como lavar calçadas, quintais, veículos, irrigar jardins e encher piscinas. O outro decreto declara situação de escassez hídrica no município, determinando que o Daae pode, caso necessário, realizar rodízios no abastecimento.
O Daae ressalta que esse tipo de rodízio tem sido adotado por várias cidades do interior paulista, como Bauru, que passa por abastecimento de rodízio há cinco meses.
Foto: Divulgação/Daae