A Bacia Hidrográfica corresponde à porção do terreno delimitada pelos divisores de água, os quais irão formar a área de capitação, drenagem e acúmulo da água das chuvas, dando origem a canais com vazão efluente convergindo para uma única saída.
No Brasil, a gestão dos recursos hídricos historicamente foi marcada pela hegemonia da produção energética sobre os demais usos da água.
A discussão sobre os recursos hídricos era um assunto praticamente restrito aos meios técnicos e acadêmicos.
Mas na cidade de Piracicaba, no início de 1970, surgiu um movimento popular, embora sem sucesso, contra o sistema Cantareira, que é um conjunto de reservatórios que possibilita reverter até 31 metros cúbicos por segundo da Bacia do Rio Piracicaba, para a região da grande São Paulo.
Durante muitos anos, este assunto foi debatido sem sucesso, embora houvesse a necessidade de uma solução razoável.
Os problemas foram se agravando e, em junho de 1985, foi considerada como crítico o modelo de gestão dos recursos hídricos na Bacia do Rio Piracicaba.
Em 1988, houve a promulgação da Constituição Federativa do Brasil.
Um ano após, outubro de 1989, a Constituição Paulista, no Capítulo Específico para Desenvolvimento Urbano, Meio Ambiente, Recursos Naturais e Saneamento, criou o Consórcio Intermunicipal das Bacias dos rios Piracicaba e Capivari.
Em dezembro de 1991, conforme Lei Estadual n° 7.663, foi instituído o Sistema e a política de Recursos Hídricos para o Estado de São Paulo.
Em 18 de Novembro de 1993, foi criado o Comitê das Bacias Hidrográficas dos rios Piracicaba Capivari, Jundiaí – CBH-PCJ.
O Estado de São Paulo conta com 22 Bacias Hidrográficas, dos vários rios existentes, sendo principal a Bacia do “PCJ”.
Normalmente, o Comitê administra somente um rio, ou diversos trechos deste rio.
No caso do “PCJ”, estes 3 rios possuem Bacias Hidrográficas distintas geograficamente, mas as mesmas têm ligação hídrica causada pela ação do homem.
A cidade de Jundiaí, na Bacia do rio que lhe dá o nome, é abastecida por uma reversão do rio Atibaia (formador do rio Piracicaba). A cidade de Campinas, com área urbana dividida entre as Bacias dos rios Atibaia e Capivari, tem captação principalmente do rio Atibaia.
O rio Jaguari abastece o município de Extrema, e é o principal manancial do Sistema Cantareira pelo abastecimento de água de cerca de 10 milhões de habitantes da grande São Paulo, além de contribuir com toda Bacia do “PCJ”.
Além dessas relações físicas, as três Bacias estão situadas numa mesma região geopolítica.
Na realidade, a Bacia “PCJ” é alimentada pelas sub-bacias dos rios Atibaia, Camanducaia, Capivari, Corumbataí, Jaguari, Jundiaí e Piracicaba.
A Sub-Bacia do rio Corumbataí nasce na microbacia do córrego do Cavalheiro, na Fazenda São Francisco, em Analândia, abrangendo parte das áreas de drenagem do córrego Santa Terezinha e dos córregos Estrela, Goiabal, São Francisco e do Rio Corumbataí, se estendendo até os limites da área urbana do município de Analândia, totalizando a união de 16 propriedades rurais, num total de 1.704 de área.
Rio Claro está inserida na Bacia Hidrográfica do rio Corumbataí, que nos fornece 60% de nossas necessidades hídricas, sendo que o restante, 40%, são abastecidas pelo Ribeirão Claro.