O julgamento aconteceu durante toda essa quinta-feira (30), com início às 9h30 no Fórum de Rio Claro e término por volta das 17h20. Foi acompanhado por familiares da vítima e do réu.
O acusado do homicídio, Flávio Bicálio, de 22 anos, foi detido no dia seguinte ao crime. Aguardava o julgamento na prisão após dois anos do assassinato e enfrentou o Júri Popular composto por sete pessoas, sendo condenado por unanimidade a 14 anos no regime fechado, sem direito de recorrer.
Entre as testemunhas estavam a irmã de Túlio, a ex-mulher e um jovem que trabalhava na mesma empresa e teria mantido conversas com o autor do crime, que foi motivado por ciúmes.
“O resultado foi positivo, mostra que a justiça foi feita”, avaliou a ex-mulher de Túlio, Tuani Ferreti, que, na época, mantinha relacionamento com o rapaz com quem teve uma filha, hoje com quatro anos de idade.
No decorrer do processo, Flávio teria dado três versões diferentes. No tribunal, tentou negar a autoria, mas foi condenado por homicídio qualificado.
Dois primos do réu também vão responder por falso testemunho. Nos depoimentos no tribunal, houve contradição ao relatarem onde o acusado estava na hora do crime. Um deles chegou a dizer que Flávio estaria jogando vídeo game em sua residência, por volta das 6 da manhã, momento do homicídio.
Um outro indivíduo, conhecido como assassino de aluguel e também com outras passagens por homicídio, está preso e deve ir a julgamento.
“A gente espera que todos os envolvidos sejam punidos e condenados”, disse a irmã da vítima, Tuliana Prado.
Ela acompanhou o tempo todo o julgamento ao lado dos pais. “Minha mãe ficou muito emocionada. Não traz meu irmão de volta, mas alivia um pouco. A justiça foi feita, mas, infelizmente, tem a questão de pena progressiva. É difícil superar a dor”, declarou a irmã ao final da condenação.
O CRIME
O homicídio foi registrado no início da manhã do dia três de junho de 2016. Túlio Prado, na época, tinha 25 anos e foi morto com três tiros que atingiram o tórax do rapaz. Ele tinha acabado de sair de casa no Jardim Guanabara e seguia para o trabalho, mas foi surpreendido pelo assassino no Jardim Mirassol. No mesmo dia do crime, a polícia teve pistas do possível autor e foi até a casa do suspeito. Na ocasião, ele foi flagrado chegando em casa de moto na Vila Martins. Naquela oportunidade, apresentou contradições nas declarações sobre onde estaria no momento do homicídio.